Diferentemente de outros momentos recentes, o mercado local falhou em acompanhar o ritmo observado nos ativos no exterior, ainda que tenha acompanhado a direção, com bolsa de valores em alta e valorização cambial.
O PIB brasileiro, praticamente dentro das expectativas mostrou o peso do consumo e da reabertura da atividade econômica, especialmente com o crescimento em serviços, enquanto a indústria se mostrou equilibrada entre a queda em mineração e crescimento dos outros setores.
Tudo ainda é permeado pela redução da formação bruta de capital fixo, ou seja, diversos setores ainda aguardaram a perspectiva de abertura mais concreta e não investiram, além obviamente do impacto do choque de oferta, o que atrapalha em partes o fluxo de capital para investimento em negócios.
Outro ponto importante localmente é o avanço da PEC de redução do ICMS de estados em diversos itens, de forma a reduzir o impacto inflacionário dos eventos de caráter mundial, o que sofre enorme resistência dos estados, dada a perda de arrecadação.
Chegou-se a cogitar no governo a decretação de calamidade pública, de forma a quebrar a resistência para diversas medidas, porém isso não é bem recebido nem pelo congresso, muito menos pela equipe econômica, especialmente num momento em que a atividade econômica dá sinais de recuperação, atingindo os juros locais.
No exterior, o foco fica para o Payroll e a série de PMIs na agenda, onde os dados já divulgados da Zona do Euro permaneceram praticamente dentro das projeções e das medições anteriores, em expansão tanto em serviços, quanto no índice composto, com medição mais fraca, porém, na Alemanha.
No mercado de trabalho americano, relembrando o caráter quase antecedente do ADP Employment ao Payroll, é possível que o resultado de hoje decepcione as projeções dos analistas, considerando a revisão de 247.000 para 202.000 no ADP.
Com projeções de 320.000 vagas criadas, a decepção pode acontecer e é difícil mensurar como será a leitura do mercado, especialmente na leitura irregular dos indicadores econômicos.
Atenção hoje também à produção industrial no Brasil e PMIs.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa com a leitura do Payroll.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, liderados pelas bolsas japonesas e bolsas chinesas fechadas pelo feriado.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com dúvidas de que Opep+ pode compensar déficit russo.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,10%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,7968 / -0,39 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,056%
Dólar / Yen : ¥ 130,11 / 0,200%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,064%
Dólar Fut. (1 m) : 4828,92 / -0,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,44 % aa (0,41%)
DI - Janeiro 24: 13,05 % aa (0,54%)
DI - Janeiro 26: 12,35 % aa (0,82%)
DI - Janeiro 27: 12,36 % aa (0,86%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,9276% / 112.393 pontos
Dow Jones: 1,3258% / 33.248 pontos
Nasdaq: 2,6882% / 12.317 pontos
Nikkei: 1,27% / 27.762 pontos
Hang Seng: -1,00% / 21.082 pontos
ASX 200: 0,88% / 7.239 pontos
ABERTURA
DAX: 0,309% / 14529,90 pontos
CAC 40: 0,162% / 6510,95 pontos
FTSE: -0,982% / 7532,95 pontos
Ibov. Fut.: 0,90% / 112700,00 pontos
S&P Fut.: -0,38% / 4159,5 pontos
Nasdaq Fut.: -0,671% / 12807,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,35% / 133,37 ptos
Petróleo WTI: -0,93% / $115,78
Petróleo Brent: -0,77% / $116,71
Ouro: -0,15% / $1.866,03
Minério de Ferro: 1,59% / $142,60
Soja: -0,43% / $1.721,75
Milho: 0,10% / $731,00
Café: -0,50% / $238,25
Açúcar: -0,46% / $19,35