O encontro do ministro da Economia Paulo Guedes, o qual não falava com a imprensa há algum tempo, com o presidente do Senado Davi Alcolumbre e o presidente da Câmara Rodrigo Maia para garantir que a reforma seja aprovada antes do recesso foi o ponto político que aliviou uma abertura tensa dos mercados ontem.
Os temores se concentravam nos movimentos do Centrão de mais uma vez tentar minar partes da reforma, em alguns casos com demandas corporativistas e com potencial de gerar abertura para uma desidratação do texto.
A divulgação do CAGED de maio, com 39.140, praticamente um terço do resultado anterior, ainda que abaixo das expectativas, foi bem recebida, marcando mais um mês positivo, 4 de 5 em 2019, com acumulado de 325.997.
Por último, no contexto local, o CMN decidiu cortar a meta de inflação de 2022 para 3,5%, com margem de 1,5 ponto percentual, confirmando uma premissa já sinalizada pela autoridade monetária e do Ministério da economia, devido à probabilidade real de aprovação da reforma da previdência e a possível estabilidade econômica advinda do evento.
No contexto global, o dia de cautela também se deu pela expectativa de sinais sobre o encontro de Trump e Xi Jinping e os elementos a serem discutidos sobre a guerra comercial, inclusive a questão da Huawei.
Esta cautela permanece, dado que os resultados mais concretos devem ocorrer amanhã, mesmo que as expectativas continuem positivas.
Ontem, o PIB americano, ainda que tenha mantido a premissa de um crescimento econômico robusto, revisou os gastos pessoais para baixo e a inflação para cima, retirando as certezas de um corte de juros, ainda que o resultado seja um reflexo do primeiro trimestre.
Por isso a atenção aos desagregados a serem divulgados hoje, em especial o PCE (índice de inflação preferencial do Fed).
Para o Brasil, agenda cheia com desemprego e resultado do setor público consolidado. Até dia 16 a todos. FÉRIAS!
CENÁRIO POLÍTICO
Ainda que não se tenha citado a capitalização, o encontro de Guedes com Alcolumbre ontem foi um daqueles gestos republicanos que fazem a grande diferença em eventos complicados como a reforma e evitam que o tema ‘flutue’ sozinho entre as casas, sem o olhar do Executivo, como vinha ocorrendo.
Incluir os governadores na reforma e demandar seu empenho para sua aprovação é um dos pontos mais importantes no curto prazo, além de se evitar a desidratação do texto.
Guedes tomando as rédeas é sempre positivo, ainda mais com a ausência do presidente neste momento.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com cautela perante o acordo entre EUA e China.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, também na expectativa das conversas entre Xi e Trump.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos até os 3 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto pela prata.
O petróleo abre em leve alta, na expectativa pelo G20.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 0,06%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8202 / -0,65 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,150%
Dólar / Yen : ¥ 107,65 / -0,130%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / -0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 3835,30 / -0,44 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,86 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,93 % aa (-0,67%)
DI - Janeiro 23: 6,73 % aa (-0,30%)
DI - Janeiro 25: 7,24 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,04% / 100.724 pontos
Dow Jones: -0,04% / 26.527 pontos
Nasdaq: 0,73% / 7.968 pontos
Nikkei: -0,29% / 21.276 pontos
Hang Seng: -0,28% / 28.543 pontos
ASX 200: -0,71% / 6.619 pontos
ABERTURA
DAX: 0,468% / 12328,48 pontos
CAC 40: 0,276% / 5508,75 pontos
FTSE: 0,263% / 7421,81 pontos
Ibov. Fut.: 0,01% / 101479,00 pontos
S&P Fut.: 0,160% / 2935,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,098% / 7698,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,10% / 80,29 ptos
Petróleo WTI: 0,08% / $59,47
Petróleo Brent:0,12% / $66,63
Ouro: 0,24% / $1.413,15
Minério de Ferro: -0,43% / $108,72
Soja: -0,45% / $15,53
Milho: -0,23% / $438,75
Café: 0,76% / $106,35
Açúcar: 0,48% / $12,56