A surpresa do PMI da China e dos ISM nos EUA compensaram as vendas ao varejo americanas abaixo das expectativas, complementados por estoques ao atacado e gastos como construção também superando as projeções dos analistas.
Ainda que tal série de indicadores não demonstre a reversão de um cenário de crescimento mais modesto para as economias envolvidas na guerra comercial, os efeitos de um possível acordo, algo citado inclusive na ata do FOMC, não devem ser desprezados no atual cenário.
Entretanto, um dos efeitos mais importantes dos dados apresentados é uma pressão na curva de rendimento dos juros americanas, ao ponto de incitar um achatamento maior dos vértices mais curtos, ou seja, a visão de uma recessão ou de fim de ciclo começa a se dissipar.
Todavia, nem tudo são flores às economias centrais, com o Brexit exercendo efeito negativo na economia britânica e atrapalhando também uma parcela da Europa no processo.
A falta de um consenso e até uma possível reversão da saída da União Europeia deve custar muito politicamente, em especial o cargo de Theresa May, já em vias de se desligar, em vista ao seu papel considerado desastroso em todo o processo.
Localmente, os investidores continuam a coletar as benesses de um panorama internacional mais estável, em especial com a trégua política, a qual incrementa a possibilidade de aprovação da reforma da previdência ainda este ano.
Daí o retorno das atenções aos indicadores econômicos e o menor foco na política.
CENÁRIO POLÍTICO
Passados os que aparentam ser os últimos ‘ruídos’ de Bolsonaro, em especial as comemorações de 1964 e a viagem à Israel, o foco na reforma da previdência cresce e as atenções se voltam a Paulo Guedes.
O ministro comparece amanhã à CCJ, agora com relator escolhido e a base do governo melhor alinhada e ainda deve enfrentar questionamentos de aliados, porém é notória a capacidade do ministro de ‘escolar’ as perguntas a que é submetido.
O ministro hoje já recebe uma série de parlamentares de partidos como o DEM, PSD, PRB e PSL, todos da base aliada, num movimento importante para esclarecer as dúvidas e ouvir as demandas.
A passos ‘curtos’, tudo parece estar andando.
Por enquanto, pois a reação corporativista está preparando todas as armas contra a reforma, e não são poucas.
A maior ‘revolta’ e contra a alíquota dos que ganham acima de R$ 39 mil, sim, trinta e nove mil reais.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em queda, com avanços em indicadores econômicos.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, em reação aos dados positivos de China e EUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao min. de ferro.
O petróleo abre em alta, com a redução de temores recessivos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,7%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8505 / -1,83 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,089%
Dólar / Yen : ¥ 111,34 / -0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,336%
Dólar Fut. (1 m) : 3879,49 / -0,94 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,50 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,05 % aa (-1,26%)
DI - Janeiro 23: 8,13 % aa (-1,33%)
DI - Janeiro 25: 8,65 % aa (-1,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,67% / 96.054 pontos
Dow Jones: 1,27% / 26.258 pontos
Nasdaq: 1,29% / 7.829 pontos
Nikkei: -0,02% / 21.505 pontos
Hang Seng: 0,21% / 29.625 pontos
ASX 200: 0,41% / 6.242 pontos
ABERTURA
DAX: 0,466% / 11736,44 pontos
CAC 40: 0,337% / 5423,76 pontos
FTSE: 0,706% / 7369,07 pontos
Ibov. Fut.: 0,73% / 96171,00 pontos
S&P Fut.: -0,077% / 2868,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,003% / 7498,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,04% / 81,65 ptos
Petróleo WTI: 0,89% / $62,14
Petróleo Brent:0,55% / $69,39
Ouro: -0,04% / $1.287,19
Minério de Ferro: 1,33% / $87,52
Soja: 1,27% / $15,95
Milho: -0,07% / $361,50
Café: -0,22% / $91,50
Açúcar: -0,24% / $12,66