O rali dos mercados continua pouco impressionado com os eventos políticos locais e internacionais, onde o Ibovespa coleciona a sexta alta consecutiva e retoma os 105.000 pontos, perdidos em meados de julho deste ano.
Apesar do ‘efeito vacina’ em diversas ações listadas, o mercado nos EUA talvez alimente uma perspectiva positiva para o próximo ano, com um senado republicano que pode evitar, por exemplo, aumentos de impostos para empresas, em especial as de tecnologia.
Portanto, observando por um espectro de maior prazo, os investidores têm das eleições nos EUA uma possível compreensão de que os democratas não terão total controle das casas e não poderão sugerir mudanças constitucionais a esmo, em especial no Supremo, agora de maioria conservadora.
O equilíbrio de poder importa.
Isso e a vacina explicariam em partes o grande ânimo dos investidores desde o resultado do pleito majoritário nos EUA, ainda que judicializado e além disso, ambos os candidatos alimentavam a possibilidade de novos programas de estímulos, ou seja, liquidez.
Neste contexto, continuamos reféns de nossas inações políticas e perdas de tempo com disputas mesquinhas, além de uma série de atitudes muito pouco republicanas de nosso presidente, que mais atrapalham aquilo que é necessário para o desenvolvimento do país: a aprovação das reformas.
Paulo Guedes continua na sua luta inglória entre suas boas vontades e a realidade que a política o impõe, pois além de receber pouco apoio congressual e executivo às suas ideias, repetidas à exaustão sempre que pode, o governo e o Congresso se mostram mais preocupados com as eleições municipais neste curto prazo, do que os avanços nas casas.
A classe política como um todo age como se não estivéssemos em uma das maiores crises do século XXI, a terceira em 20 anos e que tudo magicamente pode desaparecer, sem deixar as inevitáveis cicatrizes na economia, na psique humana e no modo como se organiza o mundo.
A agenda de hoje reserva indicadores locais de grande relevância, com o IPC-Fipe semanal registrando inflação de 1,16% (Infinity: 1,13%) e as vendas ao varejo tendem a registrar resultados positivos, mesmo em um mês atípico como setembro, abrindo espaço para resultados ainda melhores em meses mais competitivos para o setor como outubro (Dia das Crianças), novembro (Black Friday) e dezembro (Natal).
Balanço Corporativos de Hoje:
Local: Aliansce Sonae (SA:ALSO3), Ambipar (SA:AMBP3), Banrisul (SA:BRSR6), CCR (SA:CCRO3), Eletrobras (SA:ELET3), Energisa (SA:ENGI11), Eucatex (SA:EUCA3), Even (SA:EVEN3), Fras-le (SA:FRAS3), Light (SA:LIGT3), Locaweb (SA:LWSA3), Metal Leve (SA:LEVE3), MRV (SA:MRVE3), Rumo (SA:RAIL3), Ser Educacional (SA:SEER3), TAESA (SA:TAEE11), Totvs (SA:TOTS3), Unipar (SA:UNIP3), Via Varejo (SA:VVAR3)
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, ainda pela questão vacinal.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com forte queda em Hong Kong.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não operam pelo feriado de dia dos veteranos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre e minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York após a questão vacinal.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,14%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,412 / 0,57 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,152%
Dólar / Yen : ¥ 105,40 / 0,095%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,106%
Dólar Fut. (1 m) : 5384,90 / -0,64 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,14 % aa (-1,66%)
DI - Janeiro 23: 4,82 % aa (0,21%)
DI - Janeiro 25: 6,50 % aa (1,25%)
DI - Janeiro 27: 7,24 % aa (1,12%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,4991% / 105.067 pontos
Dow Jones: 0,9018% / 29.421 pontos
Nasdaq: -1,3653% / 11.554 pontos
Nikkei: 1,78% / 25.350 pontos
Hang Seng: -0,28% / 26.227 pontos
ASX 200: 1,72% / 6.450 pontos
ABERTURA
DAX: 0,441% / 13221,20 pontos
CAC 40: 0,386% / 5439,86 pontos
FTSE: 0,520% / 6329,62 pontos
Ibov. Fut.: 1,51% / 105079,00 pontos
S&P Fut.: -0,085% / 3541,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,822% / 11739,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,73% / 74,51 ptos
Petróleo WTI: 2,97% / $42,71
Petróleo Brent: 2,64% / $45,01
Ouro: 0,06% / $1.881,02
Minério de Ferro: 0,48% / ¥ $120,30
Soja: 0,72% / $1.146,50
Milho: 0,47% / $425,25
Café: 0,65% / $108,15
Açúcar: -0,34% / $14,67