Passados os eventos de maio, os indicadores econômicos começam a reverter os choques de oferta e principalmente os preços sinalizam um contexto mais benigno.
Entre todos os indicadores a serem divulgados nesta semana, aqueles relacionados a julho já demonstram uma inflação potencialmente mais fraca e a atividade econômica de maio, com o IBC-Br tende a sofrer os efeitos diretos e indiretos da paralisação.
Neste contexto de incertezas ao país, alimentadas também pela conturbada eleição de outubro, ao menos a inflação volta a dar um alento importante e evita, por exemplo, movimentações e especulações mais extremas no mercado de juros futuros.
Não que não vá acontecer, porém a conjuntura de preços não permite os argumentos de aperto monetário para este ano ainda, mantendo o cenário de Selic de 6,5% em 2018 e 8,0% em 2019.
Outro ponto importante é o pass-through do dólar às medidas de preços. A tendência com a instabilidade cambial é que ele aconteça, porém em menor medida devido ao ‘freio’ da paralisação no ritmo da atividade econômica.
Na semana, atenção ao IGP-10, IPCA-15 e IBC-Br.
CENÁRIO POLÍTICO
“Um inimigo com que fazemos negócios”, esta foi a definição de Trump para a União Europeia. Além da taxação contra a China, retaliada e disputada na OMC, Trump tem nos blocos Nafta e União Europeia dois desafetos grandes.
O problema para o presidente americano continua a ser a consequência de tais movimentos às empresas americanas, muitas multinacionais e outras tantas dependentes do comércio internacional.
Neste ritmo, a atividade econômica americana pode sofrer e em breve, caso tudo não passe de jogo de cena de Trump.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY operam em queda, na expectativa por balanços corporativos e da visita de Trump ao exterior.
Na Ásia, o fechamento foi negativo com o PIB chinês mais fraco.
O dólar opera em queda acentuada contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com exceção para o cobre.
O petróleo abre em queda em NY e em Londres, o alívio na questão dos estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 3%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8503 / -0,81 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,180%
Dólar / Yen : ¥ 112,38 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,318%
Dólar Fut. (1 m) : 3871,17 / -0,87 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,59 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,21 % aa (-1,32%)
DI - Janeiro 21: 9,21 % aa (-1,07%)
DI - Janeiro 25: 11,28 % aa (-0,70%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,97% / 76.594 pontos
Dow Jones: 0,38% / 25.019 pontos
Nasdaq: 0,03% / 7.826 pontos
Nikkei: 1,85% / 22.597 pontos
Hang Seng: 0,05% / 28.540 pontos
ASX 200: -0,43% / 6.242 pontos
ABERTURA
DAX: 0,130% / 12557,02 pontos
CAC 40: -0,158% / 5420,64 pontos
FTSE: -0,558% / 7619,11 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 77028,00 pontos
S&P Fut.: 0,057% / 2804,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,095% / 7400,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,75% / 83,21 ptos
Petróleo WTI: -1,59% / $69,88
Petróleo Brent:-1,81% / $73,97
Ouro: -0,03% / $1.243,91
Minério de Ferro: 0,05% / $63,24
Soja: -1,46% / $15,51
Milho: -0,59% / $339,75
Café: -1,52% / $107,05
Açúcar: -0,27% / $10,93