A semana anterior foi marcada pela divulgação de uma série bastante intensa de indicadores de atividade econômica tanto no Brasil, quanto no exterior e pela assinatura entre EUA e China do acordo comercial que encerrou temporariamente as hostilidades comerciais entre as duas maiores economias do mundo.
Aparentemente mais completo do que em média se esperava, o acordo comercial EUA-China é um importante marco em 2020 para a redução da volatilidade dos ativos e de uma maior clareza de cenário global de investimentos, principalmente de maior risco.
Os indicadores de atividade econômica, abundantes na semana anterior, desenharam para EUA e China um cenário menos turbulento e mais positivo do que sugeriria com a guerra comercial e abre espaço para um crescimento econômico que tenderia a beneficiar ambos os países e alguns emergentes de carona no processo.
Localmente, o cenário ainda se divide pelas apostas nos próximos movimentos de política monetária do Banco Central, com dados conflitantes de atividade econômica, onde a produção industrial, vendas ao varejo e serviços se chocaram com o IBC-Br acima das médias do mercado e demonstrando uma atividade econômica aquecida no período.
Observando marginalmente, a sazonalidade do período se impôs a alguns indicadores e em parte dos casos, acima das projeções médias dos analistas, todavia, os números absolutos continuam a desenhar um cenário de aquecimento econômico e perspectivas positivas.
Com isso, as apostas para a continuidade do corte de juros continuam bastante divididas, com maior intensidade no mercado futuro, o qual “exige” um corte, independentemente dos resultados na economia.
A semana começa com a ausência do referencial das bolsas de valores americanas (somente os mercados futuros funcionam) e na expectativa de uma série importante de dados no Brasil, onde se destacam a arrecadação de impostos, o CAGED, o qual sazonalmente tende a registrar queda da criação de vagas em dezembro e o IPCA-15.
Este último ainda conta com a medida do IPCA do ano passado, ou seja, o item alimentação ainda prevalece como maior peso, acima do transporte, todavia, a pressão ainda é intensa no índice de algumas maneiras, mesmo com a queda no preço da carne bovina fresca.
No restante, atenção à decisão de juros na Europa, uma série de PMIs e a reunião de Davos, onde Paulo Guedes deve discursar.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pela reunião de Davos.
Na Ásia, dia positivo, com a manutenção de juros na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries não operam devido a feriado de MLK.
Entre as commodities metálicas, alta, exceção ao ouro e prata.
O petróleo abre em alta, com o fechamento das instalações líbias.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,79%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,1616 / -0,55 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,072%
Dólar / Yen : ¥ 110,17 / -0,027%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,261%
Dólar Fut. (1 m) : 4170,32 / -0,70 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,07 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,67 % aa (-0,35%)
DI - Janeiro 25: 6,38 % aa (-0,78%)
DI - Janeiro 27: 6,75 % aa (-1,03%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,5202% / 118.478 pontos
Dow Jones: 0,1722% / 29.348 pontos
Nasdaq: 0,3400% / 9.389 pontos
Nikkei: 0,18% / 24.084 pontos
Hang Seng: -0,90% / 28.796 pontos
ASX 200: 0,22% / 7.080 pontos
ABERTURA
DAX: 0,012% / 13527,69 pontos
CAC 40: -0,379% / 6077,60 pontos
FTSE: -0,316% / 7650,32 pontos
Ibov. Fut.: 1,50% / 118728,00 pontos
S&P Fut.: -0,144% / 3320,10 pontos
Nasdaq Fut.: -0,114% / 9164,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,26% / 79,82 ptos
Petróleo WTI: 0,24% / $58,68
Petróleo Brent:0,40% / $65,11
Ouro: 0,16% / $1.559,61
Minério de Ferro: 0,27% / $94,81
Soja: 0,62% / $15,43
Milho: 3,66% / $389,25
Café: -0,71% / $112,15
Açúcar: 0,14% / $14,45