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Ibovespa futuro abre sessão em queda na espera da cessão onerosa e de olho no G-20

Publicado 29.11.2018, 09:06
© Reuters.  Ibovespa futuro abre sessão em queda na espera da cessão onerosa e de olho no G-20
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Investing.com - O índice futuro do Ibovespa abre a sessão desta quinta-feira com queda de 0,73% aos 88.640 pontos, seguindo a tendência dos índices futuros de Wall Street. O mercado segue atento as negociações para votação da cessão onerosa, para a reunião do G-20 e também para a formação da equipe do presidente eleito Jair Bolsonaro.

A falta de acordo para aprovação da cessão onerosa mais uma vez adiou a votação do Senado. Integrantes do atual e do futuro governo discutem uma maneira de dividir parcela dos recursos a serem obtidos com a aprovação do projeto entre Estados e municípios. Segundo Eunício, ainda há resistências por parte do governo atual, por entender que a medida poderia ferir o chamado teto de gastos.

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) encerrou novembro com queda de 0,49 por cento, depois de subir 0,89 por cento em outubro, informou nesta quinta-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV). O IGP-M é utilizado como referência para a correção de valores de contratos, como os de aluguel de imóveis.

Ontem, o chairman do Federal Reserve, Jerome Powell, aparentemente sinalizou nesta quarta-feira que o banco central dos EUA está se aproximando do fim das altas de juros, dizendo que a taxa do Fed está "pouco abaixo" de um nível que não freia nem estimula uma economia saudável.

Nos Estados Unidos, o destaque do dia será para os números dos pedidos de auxílio-desemprego, da renda média e gastos e também a divulgação da ata da última reunião do Fomc.

Bolsas Internacionais

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,39 por cento, a 22.262 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,87 por cento, a 26.451 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,32 por cento, a 2.567 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,30 por cento, a 3.137 pontos.

A sessão se mostra positiva para a grande parte das principais praças da Europa. Em Frankfurt, o DAX tem alta de 0,38% aos 11.341 pontos, enquanto que em Londres o FTSE soma 0,55% aos 7.042 pontos. Já em Paris, o CAC registra avanço de 0,58% ais 5.011 pontos.

Commodities

A sessão desta quinta-feira é marcada por ganhos nos contratos futuros do minério de ferro, negociados na bolsa chinesa de Dalian. Agora, o ativo mais negociado é com data de vencimento em maio de 2019, com ganhos de 1,05% a 456,5 iuanes por tonelada.

O caso do vergalhão de aço, que tem seus contratos transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai, o dia foi positivo para maior parte dos contratos. No entanto, o ativo de maior liquidez, para janeiro de 2019, teve queda de 6 iuanes para 3.605 iuanes por tonelada, enquanto os de maio, segundo mais negociado, somou 32 iuanes para 3.307 iuanes por tonelada.

Já em relação ao petróleo, o dia é marcado por nova desvalorização do produto. O barril do tipo WTI cai em Nova York 0,99%, ou US$ 0,50, a US$ 49,79. Já em Londres, o Brent perde 1,44%, ou US$ 0,85, a US$ 58,24.

Mercado Corporativo

Com o impasse em torno do projeto de cessão onerosa, que poderia gerar 130 bilhões de reais para a União, a equipe econômica do presidente eleito, Jair Bolsonaro, vê uma "desvinculação total" orçamentária como solução para equilibrar as contas públicas, disse nesta quarta-feira uma fonte do alto escalão da equipe de transição.

A ideia de "desindexar, desvincular e desobrigar" seria uma solução extrema aventada nas últimas reuniões entre o governo atual e o de transição, caso outras soluções não sejam encontradas.

Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que o número de empresas inadimplentes cresceu 7,3% no mês de outubro em comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o estudo, trata-se da menor expansão desde fevereiro de 2018, quando o avanço havia sido de 6,7%. Em setembro, o aumento de empresas com o nome sujo foi 9,4%.

Em uma análise regional, a alta foi puxada pelo Sudeste, que registrou aumento de 15,2% no número de empresas inadimplentes na comparação anual. Nas demais regiões, as altas registradas foram: 2,54% no Sul, 1,8% no Centro-Oeste e 1% no Nordeste. A única região a apresentar queda na inadimplência de empresas foi o Norte (-0,3%).

A pesquisa revela ainda que o número de empresas que conseguiram quitar suas dívidas no acumulado de um ano apresentou alta de 7,95%; maior que os 3% observado em setembro deste ano.

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira que existem dificuldades em torno de um acordo que permita a votação do projeto de cessão onerosa.

"Está difícil, está amarrado", disse Guedes em rápida entrevista coletiva ao chegar ao gabinete de transição, após reunião no Palácio do Planalto para discutir o tema.

“É uma questão de forma de fazer. Aparentemente tem um impacto, é uma ameaça ao teto de gastos, mas por uma questão de forma”, acrescentou.

Segundo o futuro ministro, existe uma disposição para um entendimento porque há a avaliação de que todo mundo está com problemas, tanto Estados como municípios, além da própria Federação.

O mercado de franquias brasileiro cresceu 6,3% no terceiro trimestre do ano na comparação com o mesmo período do ano passado, com o faturamento passando de R$ 41,850 bilhões para R$ 44,479 bilhões. Nos últimos 12 meses, a elevação foi de 7%, de R$ 159,826 bilhões para R$ 170,988 bilhões. Os dados são da Pesquisa Trimestral de Desempenho do Franchising, divulgada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF).

De acordo com o presidente da ABF, Altino Cristofoletti Junior, as incertezas do cenário eleitoral, o aumento da inflação e a queda da confiança do consumidor e do empresariado refletiram no desempenho do terceiro trimestre.

“Embora tenhamos registrado um mês de agosto bastante positivo, nos meses de julho e setembro o consumidor estava mais retraído, possivelmente impactado pelas incertezas inerentes ao cenário pré-eleições. Para manter seu crescimento, o franchising brasileiro intensificou a busca por eficiência e novas soluções, o que se traduziu na busca por novos formatos, perfis de público e mercados”, disse.

A elétrica paranaense Copel (SA:CPLE6) informou nesta quarta-feira que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou 674 milhões de reais em financiamentos acertados com a instituição de fomento para projetos da companhia.

Segundo a Copel, na primeira liberação de recursos dos financiamentos, foram autorizados 513 milhões de reais para a implantação do empreendimento Eólico Cutia e 161 milhões de reais para a Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu.

O Eólico Cutia, cujo contrato é de 619,4 milhões de reais, é formado por 13 parques eólicos, localizados no Rio Grande do Norte, que totalizam 312,9 MW de capacidade instalada.

A Usina Hidrelétrica Baixo Iguaçu, construído pelo consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu, com 30 por cento de participação da Copel, teve um total de financiamentos contratados de 194 milhões de reais.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), afirmou nesta quarta-feira que ainda não há entendimento para a votação do projeto da chamada cessão onerosa.

Integrantes do atual e do futuro governo discutem uma maneira de dividir parcela dos recursos a serem obtidos com a aprovação do projeto entre Estados e municípios. Segundo Eunício, ainda há resistências por parte do governo atual, por entender que a medida poderia ferir o chamado teto de gastos.

“Até agora não se fez o entendimento, porque parte da equipe econômica do governo atual acha que isso atinge a questão do teto”, justificou o presidente do Senado.

“E se atingir a questão do teto para Estados e municípios, no meu entendimento também tem que atingir o teto na transferência para a Petrobras (SA:SA:PETR4). Então estamos buscando um entendimento ainda para fazer um conjunto inteiro dessa questão para que não tenha ‘para lá e para cá’“, disse o senador.

Uma diferença de expectativa em relação a preço foi o motivo para o cancelamento da oferta pública de ações da Light (SA:LIGT3), que seria ancorada por fundos de investimento liderados pela GP Investments, afirmou nesta quarta-feira um executivo da Cemig (SA:CMIG4), controladora da distribuidora.

Na véspera, a Light informou ao mercado que a decisão foi tomada após os acionistas do bloco de controle considerarem que os termos e condições propostos para ancoragem não atendiam aos interesses da empresa.

A operação fazia parte de um plano da Cemig para reduzir sua fatia na distribuidora, desinvestimento que vem buscando há bastante tempo, mas sem sucesso.

"O principal ponto foi, evidentemente --como em toda transação que envolve esse tipo de oferta pública-- não se chegou a um acordo basicamente sobre o preço, em função de uma diferença de expectativas", disse o diretor de Gestão de Participações da Cemig, Daniel Costa.

Agenda de Autoridades

O presidente Michel Temer participa nesta quinta-feira da cerimônia PPI – Parcerias que Fazem o Brasil Avançar. Mais tarde, se reúne com Gustavo Rocha, Ministro de Estado dos Direitos Humanos e Ibaneis Rocha, Governador eleito do Distrito Federal e, em seguida, com Antônio de Pádua, Ministro de Estado da Integração Nacional; Deputado Aguinaldo Ribeiro (PP/PB), Líder de Governo da Câmara, e Deputado Heráclito Fortes (DEM/PI).

Ao final do dia, viaja para Buenos Aires, para participar do encontro do G-20.

Já Eduardo Guardia, ministro da Fazenda, tem nesta quinta-feira reunião do Conselho Monetário Nacional pela manhã. De tarde, em Buenos Aires, participa da reunião dos ministros das finanças dos países do G-20.

Com Reuters.

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