O Reino Unido registrou hoje a maior inflação ao varejo anual em 10 anos e o maior núcleo atual em quase 30 anos, enquanto a inflação ao atacado também registrou forte alta anual, a maior em 10 anos.
Na Zona do Euro a situação não foi diferente, com a maior inflação ao varejo anual já registrada desde a criação do bloco e o maior núcleo em 13 anos, em meio a todos os desafios que repetidamente citamos aqui, como choque de oferta, especulação global com energia, injeção de recursos por bancos centrais e recuperação pós-pandemia.
Neste contexto, existe o temor de que a inflação continue a não responder ao caráter ‘temporário’ tão desejado pelos Bancos Centrais e cantados aos sete ventos até muito recentemente e continue firme enquanto os fatos acima não forem solucionados, em especial o derrame de moeda nas economias.
Se depender de diversos BCs, a situação deste último fator pouco muda, pois apesar de anunciar o início do Tapering, parte do Fed e seu comandante, Powell, o fizeram de maneira relutante, colocando um condicionante no mercado de trabalho para a normalização de juros após o fim da compra e recompra de títulos.
Na Europa, Lagarde foi mais do que enfática ao citar que não pretende alterar neste momento a política de estímulos, dada a situação ainda ‘frágil’ do bloco, na contramão do movimento de muitas economias globais, se voltando ao aperto monetário.
Em tal contexto, o Brasil perdeu diversos bônus no ano passado, como da valorização cambial que seus pares internacionais passaram e aliviaram uma parcela significativa da inflação que se acumulou em 2020, dadas as restrições de locomoção, assim como também perdeu a preferência do investidor estrangeiro no ciclo global de recuperação deste ano.
O elemento político, o mesmo que tem nos descolado dos mercados internacionais, como na sessão de ontem, tem preponderado, em especial quando, mais uma vez, o presidente professa a má-versão dos recursos públicos em meio a situações especiais, citando um possível aumento de salários a servidores públicos federais com os recursos da PEC dos precatórios.
Sem reformas, com arremedos de ajustes e propostas malfeitas como a reforma do IR, o mercado praticamente perdeu as esperanças de algo concreto até 2023.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, enquanto os investidores reagem às inflações e balanços corporativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, puxados por resultados de montadoras japonesas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto ouro e prata, pelo caráter defensivo.
O petróleo abre alta em Londres e Nova York, com EUA liberando estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,31%.
CÂMBIO
Dólar à vista: R$ 5,4976 / 0,75 %
Euro / Dólar: US$ 1,13 / -0,062%
Dólar / Yen: ¥ 114,80 / 0,026%
Libra / Dólar: US$ 1,34 / 0,022%
Dólar Fut. (1 m): 5511,97 / 0,70 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 11,17 % aa (0,81%)
DI - Janeiro 23: 11,99 % aa (0,21%)
DI - Janeiro 25: 11,83 % aa (0,77%)
DI - Janeiro 27: 11,76 % aa (1,03%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,8158% / 104.404 pontos
Dow Jones: 0,1518% / 36.142 pontos
Nasdaq: 0,7570% / 15.974 pontos
Nikkei: -0,40% / 29.688 pontos
Hang Seng: -0,25% / 25.650 pontos
ASX 200: -0,68% / 7.370 pontos
ABERTURA
DAX: 0,104% / 16264,75 pontos
CAC 40: 0,024% / 7154,28 pontos
FTSE: -0,360% / 7300,61 pontos
Ibov. Fut.: -1,79% / 104930,00 pontos
S&P Fut.: -0,03% / 4694,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,092% / 16312,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,26% / 103,07 ptos
Petróleo WTI: -1,14% / $79,95
Petróleo Brent: -0,69% / $81,70
Ouro: 0,52% / $1.858,61
Minério de Ferro: 0,23% / $92,01
Soja: 0,36% / $1.257,50
Milho: 0,18% / $572,50
Café: 1,96% / $228,50
Açúcar: 0,45% / $20,11