Assim como o mercado externo, a renovação do ânimo com a forte criação de postos de trabalho nos EUA se uniu localmente à recompra de ações e ADRs (NYSE:VALE) da Vale (SA:VALE3) para garantir fechamentos positivos das bolsas de valores, dentro de um contexto de desafios à frente.
Localmente, as atenções continuam voltadas ao orçamento se suas possíveis modificações, em meio à impossibilidade de avançar com o atualmente proposto pelas casas legislativas.
O ministro Paulo Guedes ontem em uma live destilou seu tão famoso otimismo com tudo, desde a passagem das reformas até as privatizações e minimizou as discussões congressuais frente ao tema, garantindo haver um consenso para realização de uma nova peça orçamentária, desta vez não de ficção.
Todavia, o mercado já se encontra um tanto vacinado do usual otimismo de Guedes, como o menino que gritou lobo, e aguarda o resultado concreto de seus anseios, antes de se contaminar pela retórica.
No exterior, o Payroll, além do ânimo pelo resultado, trouxe também questionamentos sobre o futuro fiscal nos EUA, em meio aos desafios da pandemia e num cenário de ampla recuperação econômica.
Para muitos analistas, nós inclusos, os EUA têm a dinâmica e a capacidade de sobreviver sem fragilizar ainda mais a sua delicada situação fiscal e mais, pode sobreviver em um futuro próximo, considerando a normalização da sua taxa de juros e redução de seu balance sheet.
Todavia, nem o mercado e nem parte dos americanos quer saber de tal mudança agora no curto prazo, ainda que os sinais de retomada da atividade econômica se tornem cada vez mais sólidos.
Os mercados, estímulo dependentes, lutarão com todas as forças para preservar a liquidez jorrando via Federal Reserve no mundo e garantindo a inflação dos ativos intacta, com claro benefício ao mercado de renda variável.
Já a classe política entende que tal fluxo de recursos é um ativo valiosíssimo, assim como foram recentemente os R$ 600 para a população brasileira, e dificilmente abrirão mão de tal cacife.
No fim, como destacou Guedes, existe uma conta a ser paga e esta será pelas futuras gerações de brasileiros, americanos e cidadãos da Terra.
A conta do coronavírus não é nem um pouco barata.
Atenção hoje aos PMIs no Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com perspectiva de recuperação econômica e pela proximidade de novos recordes.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com o retorno do feriado.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, queda somente no cobre.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, apesar da OPEP+ aliviar a política de cortes de produção.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,01%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6663 / -0,77 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,009%
Dólar / Iene: ¥ 110,50 / 0,290%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / -0,496%
Dólar Futuro: (1 m) : 5675,29 / -0,71 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,64 % aa (0,80%)
DI - Janeiro 23: 6,48 % aa (-0,54%)
DI - Janeiro 25: 8,16 % aa (-0,49%)
DI - Janeiro 27: 8,78 % aa (-0,11%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,9653% / 117.518 pontos
Dow Jones: 1,1280% / 33.527 pontos
Nasdaq: 1,6728% / 13.706 pontos
Nikkei: -1,30% / 29.697 pontos
Hang Seng: 1,97% / 28.939 pontos
ASX 200: 0,84% / 6.886 pontos
ABERTURA
DAX: 0,925% / 15246,90 pontos
CAC 40: 0,516% / 6134,43 pontos
FTSE 100: 1,331% / 6826,97 pontos
Ibovespa Futuros: 2,20% / 117624,00 pontos
S&P 500 Futuros: 1,441% / 4067,70 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,294% / 13549,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,72% / 83,61 ptos
Petróleo WTI: 2,81% / $59,68
Petróleo Brent: 2,38% / $63,31
Ouro: 0,17% / $1.731,68
Minério de Ferro: 0,00% / ¥ $163,89
Soja: 0,39% / $1.418,25
Milho: 0,36% / $555,50
Café: -0,29% / $121,80
Açúcar: 0,07% / $14,84