O feriado local eximiu os investidores da sessão volátil no exterior, a qual começou com a leitura da criação de postos de trabalho no setor privado americano em maio.
De acordo com a ADP, puxado pelo sentimento em torno da reabertura econômica, o emprego privado em maio cresceu em seu ritmo mais rápido em quase um ano, com abertura de 978.000 vagas, um grande salto dos 654.000 de abril e também projetado para maio, o maior ganho desde junho de 2020.
Os últimos dados de pedidos de auxílio-desemprego também foram melhores do que o esperado e na semana encerrada em 29 de maio totalizaram 385.000, o melhor resultado desde o início da crise pandêmica.
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Mesmo assim, os sinais positivos da economia americana suscitaram novamente as interpretações dúbias de que os EUA estão numa situação macroeconômica positiva, se recuperando acima das expectativas e deve continuar assim por um bom tempo.
Ao mesmo tempo, abre a possibilidade de retirada dos estímulos de liquidez, da normalização de juros e redução dos ambiciosos pacotes de infraestrutura, dado que o contexto pandêmico perde força com as reaberturas.
Isso foi completado com o a decisão do Federal Reserve de começar a vender mais de US$ 13 bilhões de títulos corporativos que comprou durante a pandemia no ano passado, o qual adquiriu para ajudar a manter baixos os custos de empréstimos corporativos e para que as empresas pudessem acessar capital durante a pandemia.
Os investidores interpretaram que o Fed emitiu um sinal de que está se tornando menos acomodativo e isso ocorre logo depois que o Fed dizer que pode em breve começar a discutir uma maior redução em seu programa de compra de títulos.
Isso tenderia a elevar o rendimento dos títulos do Tesouro americano, com o aumento da oferta destes no mercado e uma série de ações tipicamente sensíveis a tais rendimentos podem sofrer.
Para muitos, este é o maior sinal de mudança da política de recompras do Fed e pode suscitar em breve a normalização das taxas de juros nos EUA.
Daí a importância hoje da leitura do Payroll e de como a economia americana tem reagido positivamente ao amplo processo de imunização e reaberturas.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após uma sessão volátil dos mercados ontem.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo concreto, sofrendo as ações das techs e após o Reserve Bank of India manter estável nas taxas de juros.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 10 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com a chegada do verão.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,72%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0762 / -1,46 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,115%
Dólar / Iene : ¥ 110,14 / -0,136%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / 0,106%
Dólar Futuro (1 m) : 5091,04 / -1,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,09 % aa (1,16%)
DI - Janeiro 23: 6,71 % aa (-0,67%)
DI - Janeiro 25: 7,80 % aa (-1,52%)
DI - Janeiro 27: 8,34 % aa (-1,18%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,0403% / 129.601 pontos
Dow Jones: -0,0675% / 34.577 pontos
Nasdaq: -1,0309% / 13.615 pontos
Nikkei: -0,40% / 28.942 pontos
Hang Seng: -0,17% / 28.918 pontos
ASX 200: 0,48% / 7.295 pontos
ABERTURA
DAX: -0,034% / 15627,40 pontos
CAC 40: -0,039% / 6505,40 pontos
FTSE 100: -0,243% / 7047,18 pontos
Ibovespa Futuros: 0,86% / 129541,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,354% / 4191,30 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,004% / 13528,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,46% / 93,69 ptos
Petróleo WTI: 0,33% / $69,01
Petróleo Brent: 0,34% / $71,55
Ouro: 0,01% / $1.871,01
Minério de Ferro: 0,34% / $208,00
Soja: 0,98% / $1.564,50
Milho: 1,85% / $674,50
Café: -0,32% / $157,05
Açúcar: 0,86% / $17,58