Partindo dos republicanos, um possível acordo de votação da suspenção do teto da dívida americana até dezembro foi o alívio necessário para que os mercados retomassem os ganhos e a melhora do humor, após uma abertura pesada.
O acordo ainda precisa passar pela base democrata e tem um tom não totalmente formal, porém evita tanto o rompimento do teto no dia 18 de outubro, como também o default da dívida.
Com isso, o alívio nos Treasuries é limitado.
O que continua em jogo no congresso americano são os dois planos, o de infraestrutura já aprovado pelos republicanos em conjunto com os moderados democratas e o plano trilionário de gastos sociais, o qual não tem apoio total do partido do presidente, dada a necessidade de elevação forte de impostos.
A ala ‘progressista’ do partido democrata quer o “all-in” e dá pouca margem de manobra e com isso, os republicanos angariaram apoio de parte dos democratas moderados, evitando o exagero das taxações
.
Mitch McConnell, líder da minoria no senado sabe disso e tem manobrado as demandas do partido republicano sob tal premissa, mesmo com o partido democrata dominando ambas as casas.
Blue Wave, mas nem tanto.
Localmente, o ‘desastre’ da forte queda nas vendas ao varejo levou parte dos investidores a repensar as demandas ao COPOM por elevações fortes e constantes de juros, para compensar uma inflação que não se controla por política monetária, dados os impactos cambiais, choques de oferta e questão hídrica.
Como citamos aqui em diversas ocasiões, o exagero em manter os juros locais em disparidade os juros internacionais adicionaram pressões de margem em 2020, quando a demanda estava mais reprimida, dada a excessiva volatilidade cambial.
O preço cobrado este ano tem o adicional de choques inesperados e a demanda por parte dos analistas por um overshooting de juros, o qual se mostra efetivo exatamente nos pontos em que a inflação não está tão problemática.
A margem de manobra do BC está cada vez mais limitada, o que poderia demandar uma ação mais extrema para, principalmente, tentar evitar a desvalorização do Real frente ao dólar e seus efeitos de curto prazo.
Porém sabemos que não vai acontecer.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o acordo para o teto da dívida americana.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos com a melhora do clima orçamentário nos EUA e o retorno do referencial das bolsas chinesas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos até os 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York com a forte e inesperada elevação dos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,48%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,4934 / 0,32 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,035%
Dólar / Iene : ¥ 111,42 / 0,054%
Libra / Dólar: US$ 1,36 / 0,066%
Dólar Fut. (1 m) : 5501,79 / 0,25 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,55 % aa (-1,27%)
DI - Janeiro 23: 9,07 % aa (-2,00%)
DI - Janeiro 25: 10,10 % aa (-1,66%)
DI - Janeiro 27: 10,50 % aa (-1,41%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0923% / 110.560 pontos
Dow Jones: 0,2982% / 34.417 pontos
Nasdaq: 0,4717% / 14.502 pontos
Nikkei: 0,54% / 27.678 pontos
Hang Seng: 3,07% / 24.702 pontos
ASX 200: 0,70% / 7.257 pontos
ABERTURA
DAX: 1,116% / 15140,36 pontos
CAC 40: 1,296% / 6577,30 pontos
FTSE 100: 1,035% / 7068,26 pontos
Ibovespa Futuros.: 0,09% / 110514,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,64% / 4382 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,923% / 14891,50 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,50% / 101,09 ptos
Petróleo WTI: -1,47% / $76,06
Petróleo Brent: -0,99% / $80,29
Ouro: -0,15% / $1.762,01
Minério de ferro: 6,21% / $117,68
Soja: 0,22% / $1.244,00
Milho: 0,47% / $533,75
Café: 0,65% / $194,90
Açúcar: 1,06% / $19,99