O fim de uma era de controvérsia, volatilidade e tweets, mas também de prosperidade econômica e de mercado.
Há tantos predicados para descrevermos a era Trump que fica difícil resumir em poucas palavras, pois ainda que beneficiado por 3 anos seguidos de crescimento, o mercado financeiro sofreu fortemente com a volatilidade deste período tão controverso.
Mesmo assim, com todos os tweets que mexiam com os mercados, as polêmicas comercias com a China e o modo como agia em termos pessoais, Trump provavelmente teria sido reeleito, caso a pandemia não tivesse atingido os EUA e o mundo, dados os resultados na economia, com cortes de impostos para as empresas e a pressão sob o Federal Reserve.
Seu mandato obviamente não termina sem polêmicas, aceleradas desde a invasão ao Capitólio recentemente e pela sua não presença na posse de Joe Biden e deve entrar para a história com o presidente mais controversos que os EUA já tiveram.
Quanto ao Brasil, não colhemos frutos da suposta aproximação e amizade de nossos presidentes e familiares, ao ponto de não concluirmos nenhum acordo comercial significativo, não melhoramos nossas relações bilaterais, Trump nunca visitou o Brasil e sequer a demanda por visto entre os países foi revista.
O pragmatismo que seria importante neste momento para se lidar com o novo líder no mundo livre parece não ocorrer, principalmente por termos sido exatamente a última nação deste mundo a congratular Biden por sua eleição.
Nos resta agora tentar evitar nosso isolacionismo, afinal, nossa política externa desastrada colhe os frutos amargos agora com China e Índia, quando urge a necessidade de insumos para a vacinação contra COVID-19.
Hoje o COPOM conclui sua decisão de juros em meio às fortes incertezas fiscais no Brasil, dadas as declarações dos candidatos às casas legislativas, tentando renascer os programas de alívio da pandemia, mas também por uma inflação com foco significativo no atacado e inevitáveis repasses no varejo.
O ideal seria uma alteração significativa de sinalizações por parte do BC, de forma a comportar a necessidade em breve de normalização da taxa de juros, dado seu caráter ultraestimulativo atual.
A se ver.
Divulgam balanço P&G, Morgan Stanley (NYSE:MS), BNYMellon, United e Alcoa.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a posse do novo presidente dos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com o retorno de Jack Ma.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com exceção ao minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com investidores atentos à demanda do segundo semestre.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -4,30%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3534 / 1,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,066%
Dólar / Yen : ¥ 103,80 / -0,096%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / 0,418%
Dólar Fut. (1 m) : 5349,45 / 1,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,23 % aa (-1,97%)
DI - Janeiro 23: 5,00 % aa (0,30%)
DI - Janeiro 25: 6,49 % aa (0,62%)
DI - Janeiro 27: 7,12 % aa (0,56%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,4992% / 120.636 pontos
Dow Jones: 0,3773% / 30.931 pontos
Nasdaq: 1,5285% / 13.197 pontos
Nikkei: -0,38% / 28.523 pontos
Hang Seng: 1,08% / 29.962 pontos
ASX 200: 0,41% / 6.770 pontos
ABERTURA
DAX: 0,706% / 13913,42 pontos
CAC 40: 0,671% / 5636,16 pontos
FTSE: 0,309% / 6733,67 pontos
Ibov. Fut.: -0,53% / 120626,00 pontos
S&P Fut.: 0,219% / 3798,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,603% / 13082,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,25% / 79,85 ptos
Petróleo WTI: 0,96% / $53,50
Petróleo Brent: 0,79% / $56,30
Ouro: 0,92% / $1.853,09
Minério de Ferro: -0,47% / ¥ $170,03
Soja: -2,42% / $1.358,75
Milho: -2,38% / $515,25
Café: -0,35% / $126,90
Açúcar: 0,12% / $16,06