Mais uma vez catalisados pela incerteza, assim fechou a sessão ontem, com os ativos de mercado financeiro tomando seu rumo próprio, com bolsas em queda, acompanhando também a piora no exterior, abertura nas curvas de juros e queda no global, igualmente seguindo a tendência global.
Novamente, os números fiscais do setor público consolidado e o desemprego abaixo da mediana das projeções dos analistas não foi suficiente para evitar o recrudescimento das expectativas, dado o noticioso pouco favorável ao fiscal e ao avanço das reformas.
As ‘fontes’ se agitam, agora para dizer que o senado se volta contra Guedes e suas pautas e que diversos projetos de suma importância na casa devem ficar em ‘banho maria’ de maneira indeterminada, como por exemplo, o projeto da malha ferroviária.
Neste contexto, fica claro também que não somente os atos do executivo e os ruídos políticos por ele causado tem atrasado a pauta, pois o congresso está já em modo eleições e mesmo que isso signifique retrocesso ao país, vai operar de maneira a somente trazer à tona aquilo que o beneficie.
Assim ‘a nave vai’, sem um rumo concreto, sem projetos e sem uma agenda concisa, de forma a que as pautas estejam de acordo com um plano menos improvisado do que um arremedo de reforma tributária, conhecida como ‘reforma do IR’ e tentativa de criação de um novo plano de auxílio, além do orçamento e a questão dos precatórios.
Para completar, devido à questão hídrica e também resultado da falta de investimentos decentes nos últimos 20 anos, a estiagem deve provocar mais uma elevação de tarifa de energia elétrica, com um aumento de 49,6% da bandeira tarifaria de R$ 9,49 para R$ 14,20 (vermelha 2).
Por fim, terminou agosto e nos preparemos aos desafios de setembro.
A sessão é novamente pesada em termos de agenda macroeconômica, com destaque ao ADP Employment nos EUA e no Brasil, PIB, balança comercial, IPC-S e uma série de ISMs e PMIs divulgados aqui e no exterior.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após o fechamento pesado de agosto.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, apesar dos PMI Caixin na China novamente abaixo das expectativas e em zona de contração.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, na expectativa pela OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,88%.
Câmbio
Dólar: R$ 5,1512 / -0,65 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,059%
Dólar / Iene : ¥ 110,31 / 0,245%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / -0,036%
Dólar Futuro (1 m) : 5191,74 / -0,33 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 7,99 % aa (-0,25%)
DI - Janeiro 23: 8,48 % aa (1,01%)
DI - Janeiro 25: 9,56 % aa (2,47%)
DI - Janeiro 27: 9,95 % aa (2,37%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -0,8009% / 118.781 pontos
Dow Jones: -0,1105% / 35.361 pontos
Nasdaq: -0,0436% / 15.259 pontos
Nikkei: 1,29% / 28.451 pontos
Hang Seng: 0,58% / 26.028 pontos
ASX 200: -0,10% / 7.527 pontos
Abertura
DAX: 0,133% / 15856,10 pontos
CAC 40: 0,918% / 6741,51 pontos
FTSE 100: 0,671% / 7167,44 pontos
Ibovespa Futuros: -1,06% / 119011,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,104% / 4520,50 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,156% / 15613,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,09% / 95,90 ptos
Petróleo WTI: 0,36% / $68,60
Petróleo Brent: 0,32% / $71,87
Ouro: 0,02% / $1.813,63
Minério de Ferro: -6,21% / $148,96
Soja: -0,46% / $1.298,75
Milho: -0,28% / $528,75
Café: 0,96% / $195,30
Açúcar: 0,50% / $19,99