Duas importantes divulgações de inflação dão a largada ao dia do mercado financeiro, exatamente onde a retirada lenta de estímulos e normalização atrasada de juros cobram elevados preços à economia.
Acima das expectativas, a inflação britânica atingiu 0,5% em setembro, elevando ao ano a taxa para 10,1%, com núcleo indo a 6,3%, assim como os índices ao atacado, com alta anual de 15,9% para o índice de insumos e 20% para o de produção.
Situação semelhante se encontra a Zona do Euro, a qual, ainda que dentro das expectativas, registra inflação mensal ao varejo de 1,2%, elevando a taxa a 9,9% em 12 meses, reiterando a falta de ciência de pico, conforme LaGarde, a presidente do BCE citou em algumas ocasiões recentes.
Do outro lado, sofrendo com ataques especulativos e preservando a política altamente especulativa, o BoJ já sinaliza uma possível intervenção no Yen, em meio à forte desvalorização da divisa, a maior em 32 anos, após um período de estabilidade numa quase paridade de 100 para 1 com o dólar americano.
Além disso, o presidente da instituição, Kuroda reiterou que não haverá elevação de juros, pois o país não injetou quantidades maciças de recursos na economia através de programas de estímulos, portanto não vê o porquê da elevação de juros.
Enquanto isso, o ataque especulativo à moeda já cobra seu preço, pois apesar de melhorar parte das relações de troca de um país com forte viés exportador, acabou por elevar fortemente os custos, dado também a necessidade de importações e de uma matriz de custos dolarizada.
Localmente, a inflação ao varejo volta a dar sinais, alguns sazonais, de pressão de preços, especialmente de alimentos, porém a descompressão de commodities impacta negativamente nas inflações ao atacado, como observado no IPA-10 aos -1,44% ontem, o que continua a facilitar a condução da política monetária.
Apesar da sondagem CNI, indicadores antecedentes já mostram uma saúde melhor da economia em setembro e nas parciais de outubro, especialmente após o Dia das Crianças e a tendência de reversão do IBC-Br negativo de agosto continua, com crescimento mais forte do PIB este ano.
Na sessão de hoje, atenção ao mercado imobiliário nos EUA, o livro Bege e na agenda corporativa, Tesla (NASDAQ:TSLA).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com mais uma serie de resultados acima das expectativas, notadamente Netflix (NASDAQ:NFLX).
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com empresas de tecnologia refletindo a redução da produção da Apple (NASDAQ:AAPL), dadas as vendas mais fracas do iPhone 14.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre e à platina.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, apesar da desova dos estoques regulatórios americanos de 15 mi de barris, para conter os preços antes das eleições.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,08%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2413 / -0,77 %
Euro / Dólar : US$ 0,98 / -0,467%
Dólar / Yen : ¥ 149,47 / 0,134%
Libra / Dólar : US$ 1,13 / -0,468%
Dólar Fut. (1 m) : 5255,50 / -0,42 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,61 % aa (-0,06%)
DI - Janeiro 24: 12,83 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 26: 11,44 % aa (-0,31%)
DI - Janeiro 27: 11,45 % aa (-0,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,8650% / 115.743 pontos
Dow Jones: 1,1197% / 30.524 pontos
Nasdaq: 0,9049% / 10.772 pontos
Nikkei: 0,37% / 27.257 pontos
Hang Seng: -2,38% / 16.511 pontos
ASX 200: 0,31% / 6.800 pontos
ABERTURA
DAX: 0,211% / 12792,49 pontos
CAC 40: 0,609% / 6103,96 pontos
FTSE: 0,037% / 6939,31 pontos
Ibov. Fut.: 1,83% / 117700,00 pontos
S&P Fut.: 0,48% / 3750,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,310% / 11281,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,23% / 111,55 ptos
Petróleo WTI: 1,35% / $83,94
Petróleo Brent: 0,99% / $90,90
Ouro: -0,71% / $1.639,89
Minério de Ferro: -0,41% / $92,25
Soja: -0,36% / $1.367,00
Milho: -0,15% / $680,25
Café: 0,21% / $195,80
Açúcar: -0,16% / $18,65