Assim como foi o Natal, o primeiro pregão do ano deve ser marcado por baixo volume e intensa volatilidade, na ausência de diversas praças no mundo, fechadas por conta do feriado de ano novo, por ter caído no fim de semana.
Como sempre, a primeira semana do mês reserva os dados do mercado de trabalho nos EUA e em meio ao peso renovado que o mesmo tem nas próximas decisões de juros do Federal Reserve, as atenções continuam voltadas ao tema.
O ADP Employment, indicador privado que recentemente passou por uma revisão de metodologia tem projeção de criação de vagas acima do mês anterior, enquanto o Payroll projeta uma criação mais modesta, porém ainda na faixa de 200.000 vagas criadas no mês de dezembro.
Caso se confirmem tais indicadores, há um problema ainda maior em vista para os formuladores de política monetária, afinal, além de números considerados robustos, tais resultados vieram de um mês em que as nevascas tradicionalmente reduzem as ofertas de vagas e a busca por emprego.
Passamos pelo cenário pesado de 2022, onde um ano difícil foi marcado pela disparada da inflação ao atacado no mundo, novos lockdowns na China, temores de uma recessão nas economias desenvolvidas, com os bancos centrais subindo as taxas de juros globalmente e a guerra Rússia-Ucrânia.
Ainda assim, como citamos anteriormente, os problemas não respeitam o calendário gregoriano e daquilo citado acima, a continuidade agora é a norma, com o Brasil adicionado ao peso de um novo governo, que já mostrou de largada um informacional de baixa qualidade e mais perguntas do que respostas.
Há ainda para o Brasil um carrego estatístico positivo de diversos indicadores, como inflação, fiscal e atividade econômica, este último já dando os sinais de desgaste da política monetária restritiva adotada até agora.
Mesmo assim, o novo governo deve pegar um contexto de passagem muito melhor do que deixou lá atrás em 2016, porém deve pegar um contexto internacional muito mais complexo e desafiador do que aquele que se demonstrava há 6 anos.
Agora é hora de aguardar os primeiros sinais do que será feito na economia e como os investidores devem reagir a cada um dos eventos, lembrando que está nas mãos somente do governo a possibilidade de reações positivas ou negativas aos eventos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com feriado parcial de ano novo em diversas praças.
Em Ásia-Pacífico, mercados fechados por conta do feriado de ano novo, contendo somente resultados do dia 30 de dezembro de 2022.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não operam devido ao feriado.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque de alta ao minério de ferro e platina.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, fechando 2022 com o segundo ano consecutivo de ganhos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,07%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,286 / 0,14 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,206%
Dólar / Yen : ¥ 130,80 / -0,244%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / -0,240%
Dólar Fut. (1 m) : 5323,97 / 0,83 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,41 % aa (-0,96%)
DI - Janeiro 25: 12,66 % aa (-0,40%)
DI - Janeiro 26: 12,58 % aa (-0,56%)
DI - Janeiro 27: 12,61 % aa (-0,50%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,4555% / 109.735 pontos
Dow Jones: -0,2214% / 33.147 pontos
Nasdaq: -0,1108% / 10.466 pontos
Nikkei: 0,00% / 26.095 pontos
Hang Seng: 0,20% / 19.781 pontos
ASX 200: 0,27% / 7.039 pontos
ABERTURA
DAX: 0,686% / 14019,05 pontos
CAC 40: 1,236% / 6553,77 pontos
FTSE: -0,812% / 7451,74 pontos
Ibov. Fut.: -0,89% / 111103,00 pontos
S&P Fut.: -0,28% / 3861 pontos
Nasdaq Fut.: -0,095% / 11022,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,37% / 112,81 ptos
Petróleo WTI: 2,37% / $80,26
Petróleo Brent: 2,94% / $85,91
Ouro: 0,50% / $1.824,02
Minério de Ferro: 1,87% / $117,25
Soja: 0,70% / $1.519,25
Milho: -0,15% / $678,50
Café: -1,62% / $167,30
Açúcar: -1,23% / $20,04