Passada a semana em que o foco dos investidores era o mercado de trabalho americano, esta semana se volta à inflação e à atividade econômica, tanto no Brasil, quanto no exterior.
Contos semelhantes, com direções igualmente semelhantes, a atividade econômica no Brasil tem dado sinais constantes de desgastes desde o ano passado, ainda que permeadas por perspectivas mais positivas após o pleito majoritário.
Nos EUA, entretanto, a ‘dobradinha’ crescimento econômico sem inflação parece começar a perder estamina, com os indicadores mais recentes de força da atividade americana negativos ou próximos da estabilidade.
Alguns respondem a fatores sazonais e outros revertem marginalmente os mais recentes reveses, ainda assim, a perda de ímpeto da atividade econômica nos EUA tem levado o Fed a repensar sua política, com grandes chances de manutenção dos juros na próxima semana, sem sinalização concreta da próxima alta.
Ainda que Powell, presidente do Fed tenha minimizado o resultado do baixo Payroll na semana passada com projeções mais otimistas e “sem pressa para alterar a política atual”, a tensão com os indicadores recentes talvez não resida nos EUA em si, mas nos sinais mais claros e incisivos de nações desenvolvidas de que os estímulos dos BCs não tem surtido efeito, em especial na Europa.
Em resumo, os EUA crescendo um pouco menos teriam um efeito multiplicador na Europa e países asiáticos.
Por aqui, teme-se tanto pela falta de efeito da política monetária na redução efetiva dos custos de crédito, como pelo efeito ‘pullback’ que ocorreria se as reformas na avançarem.
Aqui e lá fora, a paciência é a palavra de ordem aos BCs.
CENÁRIO POLÍTICO
Em meio a polêmicas renovadas, como no caso da jornalista do Estadão, o presidente Bolsonaro começa a alinhar os pontos importantes para a reforma da previdência e às comissões na Câmara.
A necessidade em ceder à coalizão como no passado agora se reserva aos cargos regionais e conhecidos como ‘terceiro escalão’, muitos dos quais tem efeito mais direto nos eleitorados dos deputados do que grandes cargos no governo.
Com isso, a formação das CCJs começa a ganhar contornos mais definidos, ainda que o Congresso busque ‘apertar ainda mais’ o governo em busca de algum retorno.
O problema para os parlamentares é que parte deste aperto seriam reverter medidas consideradas positivas do governo, como enxugamento da máquina.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem sem rumo, com temores sobre o crescimento global.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, mesmo após resultado ruim da balança comercial chinesa.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com exceção do paládio e o cobre.
O petróleo abre em alta, com os cortes contínuos da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,5%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3.8655 / -0.28 %
Euro / Dólar : US$ 1.12 / 0.062%
Dólar / Yen : ¥ 111.19 / 0.018%
Libra / Dólar : US$ 1.30 / -0.115%
Dólar Fut. (1 m) : 3872.22 / -0.46 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6.47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7.14 % aa (-0.70%)
DI - Janeiro 23: 8.28 % aa (-0.96%)
DI - Janeiro 25: 8.81 % aa (-0.90%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1.09% / 95,365 pontos
Dow Jones: -0.09% / 25,450 pontos
Nasdaq: -0.18% / 7,408 pontos
Nikkei: 0.47% / 21,125 pontos
Hang Seng: 0.97% / 28,503 pontos
ASX 200: -0.38% / 6,180 pontos
ABERTURA
DAX: 0.206% / 11481.47 pontos
CAC 40: 0.227% / 5243.10 pontos
FTSE: 0.981% / 7174.01 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 95954.00 pontos
S&P 500 Futuros.: 0.000% / 2747.00 pontos
Nasdaq Fut.: 0.210% / 7041.50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0.14% / 80.53 ptos
Petróleo WTI: 0.89% / $56.57
Petróleo Brent:0.88% / $66.32
Ouro: -0.15% / $1,296.33
Minério de Ferro: -1.86% / $85.15
Soja: -0.74% / $16.01
Milho: 0.63% / $357.00
Café: 1.76% / $95.30
Açúcar: 1.15% / $12.34