A nova escalada da guerra comercial entre China e EUA ganha um novo capítulo, agora com a possível proibição dos EUA da compra de tecnologia americana por parte da empresa de vigilância da chinesa Hikvision.
O banimento se estenderia também à possibilidade das empresas americanas fazerem negócios, levando à mais uma empresa na ‘blacklist’, por alegadamente fazerem uso da tecnologia de vigilância para crimes contra humanidade em Xinjiang em campos de “de-islamização”.
Pequim disse que as medidas em Xinjiang, que incluem ampla vigilância da população, visam conter a ameaça da militância islâmica e diz que as instalações ou acampamentos que abriram são centros de treinamento vocacional.
Ao mesmo tempo, estranha-se os EUA se oporem à situação de Xinjiang, tendo Guantánamo e outros centros de detenção na sua lista.
O importante é que não existe mais certeza de quantas empresas podem ser afetadas pela restrição americana e como isso pode influenciar as possíveis reações de Pequim.
O certo, porém, é que os capítulos desta ‘novela’ comercial parecem não ter fim.
Localmente, se não fosse a situação política ainda confusa, a tendência seria de se aproveitar de tais eventos de maneira mais completa, buscando suprir as deficiências deixadas dos dois lados.
Na agenda hoje, o PIB da Alemanha apresentou resultado dentro das expectativas, com o fim de perspectivas recessivas e aumento acima das projeções do consumo pessoal e de investimento em capital, ainda que o PMI de manufaturas alemão esteja abaixo da linha de expansão.
O índice composto e de serviços continuam positivos e na Zona do Euro, a situação se assemelha, com PMIs positivos em serviços e composto e negativo em manufaturas.
Atenção hoje também à venda de imóveis e PMIs nos EUA, além dos pedidos semanais de auxílio desemprego.
Para o Brasil, IPC-S semanal.
CENÁRIO POLÍTICO
A “derrota” de Moro ontem na câmara precisa ser ratificada no senado, onde o governo tem mais força neste momento e pode reverter o processo, porém, tal evento foi marcado por uma série de vitórias em favor do governo nas votações de ontem.
Os avanços na MP 870 de reestruturação do governo mostra um empenho renovado de Maia tanto para avançar com a agenda de votações, como para mostrar protagonismo ainda maior do legislativo no processo.
Foi o responsável por interromper o recrudescimento da situação, quando o governo parecia perder força nas votações, com a questão do COAF e intervenção do PSL, citando as manifestações, que fez com que o governo perdesse votos importantes.
Pelo lado positivo é a votação da participação estrangeira em aéreas, ainda que inclua o retorno da bagagem “grátis” no processo, que inviabilizaria empresas com RyanAir no Brasil.
Este ponto pode sofrer veto e deve, pois obviamente o repasse aos preços é automático.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com tensões renovadas da guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, ainda pelo anúncio contra a Hikvision.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, alta no minério de ferro.
O petróleo abre em queda, com estoques americanos em alta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 12%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0395 / 0,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / -0,126%
Dólar / Yen : ¥ 110,01 / -0,317%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,237%
Dólar Fut. (1 m) : 4043,15 / -0,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,41 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,85 % aa (-0,29%)
DI - Janeiro 23: 8,01 % aa (-0,50%)
DI - Janeiro 25: 8,60 % aa (-0,35%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,13% / 94.361 pontos
Dow Jones: -0,39% / 25.777 pontos
Nasdaq: -0,45% / 7.751 pontos
Nikkei: -0,62% / 21.151 pontos
Hang Seng: -1,58% / 27.267 pontos
ASX 200: -0,29% / 6.492 pontos
ABERTURA
DAX: -1,908% / 11936,60 pontos
CAC 40: -1,840% / 5279,98 pontos
FTSE: -1,437% / 7228,77 pontos
Ibov. Fut.: 0,00% / 94715,00 pontos
S&P Fut.: -1,060% / 2827,10 pontos
Nasdaq Fut.: -1,437% / 7323,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,41% / 78,63 ptos
Petróleo WTI: -1,73% / $60,36
Petróleo Brent:-1,76% / $69,74
Ouro: 0,32% / $1.277,36
Minério de Ferro: 0,50% / $97,04
Soja: 0,96% / $14,75
Milho: 0,44% / $396,25
Café: -0,71% / $91,05
Açúcar: 0,77% / $11,71