O CPI abaixo das expectativas ontem em especial no núcleo dá a dimensão do ‘problema’ em que se encontra os EUA hoje na sua política econômica e monetária.
Como citamos aqui por diversas e diversas vezes, a dinâmica de preços nos EUA se alterou de tal maneira, que é necessário se repensar as teorias que regem os juros e a atividade econômica, como ocorre no Japão desde os anos 90, por conta da baixíssima inflação, porém sem crescimento.
Localmente, o item educação pesou acima das expectativas no IPCA e o índice registrou o topo das projeções entre os analistas, ainda assim, sem nenhum potencial de reverter a atual política monetária pelo seu caráter altamente sazonal e núcleos controlados.
Como poderemos observar de hoje até o final da semana, a atividade econômica no Brasil está muito mais para receber do que para retirar estímulos na economia, daí a atenção à fala de Campos Neto na transmissão de cargo para presidência do BC hoje às 15:00.
Para o novo presidente, o desafio de aguardar as reformas é grande, em vista à demanda cada vez mais constante de um corte de juros por parte do COPOM, em um cenário desafiador para a economia brasileira.
Porém, como citado constantemente nos comunicados, a ausência das reformas traz um desafio fiscal tão grande ao país, que sem elas, sequer um cenário de dominância fiscal pode ser descartado.
Daí a importância em se dosar pacientemente o rumo das taxas de juros no curto prazo e evitar a tentação da solução fácil de cortes profundos de juros.
Atenção hoje aos resultados de SLC Agrícola (SA:SLCE3) e Braskem (SA:BRKM5).
CENÁRIO POLÍTICO
Deixando de lado totalmente as especulações, no mínimo carregadas de uma oposição cega de associação do presidente ao caso Marielle, o cenário político começa a ganhar mais corpo com as CCJs.
Entre alguns deputados, já há o sinal de que o presidente está mais afável ao métier político e conversa mais ‘de igual’ entre os membros do parlamento.
Outro ponto importante é que os tweets pode se reduzir, em vista à busca por votos da previdência.
A AGU colocou uma força tarefa dedicada à derrubar as ações contra a proposta e Guedes já prepara inclusive encontros com a oposição para discutir pontos que possam ser confluentes entre as alas políticas.
A proposta dos militares não deve ser problema pelo tempo, pois a formação das comissões deve casar com sua entrega no fim do mês.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY abrem em alta, com o a derrota do Brexit e Boeing.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com as incertezas quanto ao futuro britânico.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta, com destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com os cortes contínuos da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 1,38%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3.8108 / -0.78 %
Euro / Dólar : US$ 1.13 / 0.062%
Dólar / Yen : ¥ 111.35 / -0.009%
Libra / Dólar : US$ 1.32 / 0.589%
Dólar Fut. (1 m) : 3815.70 / -0.78 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6.42 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7.02 % aa (-0.57%)
DI - Janeiro 23: 8.09 % aa (-0.74%)
DI - Janeiro 25: 8.61 % aa (-0.69%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0.20% / 97,828 pontos
Dow Jones: -0.38% / 25,555 pontos
Nasdaq: 0.44% / 7,591 pontos
Nikkei: -0.99% / 21,290 pontos
Hang Seng: -0.39% / 28,807 pontos
ASX 200: -0.22% / 6,161 pontos
ABERTURA
DAX: -0.116% / 11510.83 pontos
CAC 40: 0.238% / 5282.77 pontos
FTSE: -0.035% / 7148.64 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 98321.00 pontos
S&P Fut.: 0.000% / 2792.10 pontos
Nasdaq Fut.: 0.142% / 7216.75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0.12% / 81.00 ptos
Petróleo WTI: 0.97% / $57.42
Petróleo Brent:0.79% / $67.20
Ouro: 0.54% / $1,308.56
Minério de Ferro: 0.92% / $85.31
Soja: 0.53% / $16.03
Milho: -0.07% / $356.25
Café: -1.28% / $92.80
Açúcar: 0.00% / $12.29