Um possível avanço na questão comercial entre China e EUA durante o G20 é um dos focos dos investidores, onde inclusive o presidente Bolsonaro deve ser um dos oradores.
A grande expectativa é de ao menos um esboço do fim do problema comercial, o que daria fôlego ao mercado se não fosse por um fator adicional.
As últimas sanções de Trump ao Irã podem ser o fim do caminho diplomático, conforme citam ex-diplomatas americanos e a retórica pode levar rapidamente à uma deterioração do que ainda resta de relações entre os países.
Como todo republicano, Trump é afável à opção de algum tipo de opção militar de forma a estimular ainda mais a economia, abrindo as ‘comportas’ do tesouro americano.
O problema, porém, é a falta de apoio internacional para tal empreitada e deixar Washington sem espaço para exercer mais pressão sobre a questão da energia nuclear, colocando também Israel em alerta máximo neste momento.
Esta tensão geopolítica acaba por se sobrepor às questões econômicas e hoje, para o Brasil, a atenção se volta fortemente à ata da última reunião do COPOM, onde como de praxe, analistas fazem uma leitura econômica, sintática, morfológica e quase “cartomântica”, na busca por sinais dos próximos movimentos da autoridade monetária.
Neste cenário, é de igual importância a leitura do IPCA-15, onde alimentos continuam a pesar negativamente entre os itens e projeções do próprio IPCA começam a desenhar uma deflação em breve.
Nos EUA, os dados do mercado imobiliário têm menor importância em vista ao discurso do chairman do FOMC, Jerome Powell, de onde igualmente os investidores devem buscar a confirmação da decisão de um corte futuro de juros.
Ainda que o sinal seja claro, a “corda” dos equities está ficando cada vez mais esticada, em um mundo com tensões geopolíticas prementes.
CENÁRIO POLÍTICO
A perspectiva de avanço com a reforma da previdência, ainda que num desenho não totalmente aprovado pela equipe econômica tem sustentado o mercado nos últimos dias.
O governo já contaria entre 318 e 335 votos.
Para o presidente Bolsonaro, menos importante que a forma está a aprovação em si e o que isso pode significar em termos de melhora dos índices de confiança.
No fim, é somente isto que interessa à maioria dos políticos, daí o enorme tempo para popularizar a reforma em meio aos congressistas.
Somente quando a população foi informada da realidade da reforma, políticos resolveram assumir o ônus da mesma.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com a escalada de tensões com o Irã.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, na expectativa pela reunião do G20.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto pelo paládio.
O petróleo abre em queda, mesmo com a escalada da questão EUA e IRÃ.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,4%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,825 / 0,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,140%
Dólar / Yen : ¥ 106,98 / -0,298%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,110%
Dólar Fut. (1 m) : 3828,38 / -0,09 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,77 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,86 % aa (0,17%)
DI - Janeiro 23: 6,69 % aa (0,30%)
DI - Janeiro 25: 7,23 % aa (0,42%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,05% / 102.062 pontos
Dow Jones: 0,03% / 26.728 pontos
Nasdaq: -0,32% / 8.006 pontos
Nikkei: -0,43% / 21.194 pontos
Hang Seng: -1,15% / 28.186 pontos
ASX 200: -0,11% / 6.658 pontos
ABERTURA
DAX: -0,109% / 12261,18 pontos
CAC 40: -0,167% / 5512,47 pontos
FTSE: -0,278% / 7396,06 pontos
Ibov. Fut.: 0,07% / 102950,00 pontos
S&P Fut.: -0,139% / 2948,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,345% / 7732,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,43% / 79,74 ptos
Petróleo WTI: -0,52% / $57,60
Petróleo Brent:-0,68% / $64,42
Ouro: 0,70% / $1.429,66
Minério de Ferro: 1,35% / $108,99
Soja: 0,83% / $15,86
Milho: 0,95% / $450,75
Café: 0,98% / $103,00
Açúcar: 0,57% / $12,36