Elevação do IOF, admissibilidade da PEC dos precatórios e rediscussão da reforma do IR. Tudo isso aconteceu após o fechamento dos mercados e demonstra que politicamente, o Brasil é uma fonte inesgotável de novidades. A busca incessante do governo por recursos para financiar os programas de auxílio como Bolsa Família continua a reger a pauta do governo, com forte anuência do ministro Paulo Guedes, em especial devido à queda da popularidade do presidente Bolsonaro.
Entre as medidas disponíveis, ainda que obviamente encareça as operações de crédito, já em processo de debilidade por conta da elevação constante de juros por parte do Banco Central, a elevação do IOF consegue maior aderência por sua facilidade de implantação e por ter sido zerada até dezembro do ano passado.
A elevação de 1,5% para 2,04% ao ano para pessoa jurídica e de 3,0% para 4,08% para pessoa física certamente é um choque para os setores dependentes de crédito, encarecendo seu custo, todavia não é impeditivo e adere o governo à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Além disso, dá os recursos assim desejados pelo executivo para implantar os programas de auxílio e pode abrir espaço para a discussões de novas reformas, além obviamente a do I.R.
Como no Brasil nada opera pelo ideal e sim pelo possível, agora é necessário aguardar o avanço da agenda do congresso e como isso impacta o mercado, caso o precioso silêncio entre as instituições seja preservado ao máximo.
Continuam os problemas de medidas atropeladas, orçamento capenga, a péssima reforma do IR, governo sem a menor intenção de usar a melhora da arrecadação e do fiscal em beneficio às contas públicas e nenhum debate sério na sociedade, infelizmente caracterizando o Brasil.
As atenções continuam voltadas à China Evergrande (HK:3333) e a possibilidade de um colapso do setor imobiliário chinês, em especial com o shadow banking, o que afasta a possibilidade de intervenção do governo na empresa.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com sentimento global de cautela e dados negativos de varejo no Reino Unido.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, apesar do problema crescente com o minério de ferro e a Evergrande.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com a redução da força da tempestade nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,14%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,259 / 0,69 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,102%
Dólar / Iene : ¥ 109,99 / 0,219%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / -0,065%
Dólar Futuros. (1 m) : 5283,24 / 0,50 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,47 % aa (0,89%)
DI - Janeiro 23: 8,98 % aa (0,39%)
DI - Janeiro 25: 10,13 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 27: 10,55 % aa (0,00%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -1,1022% / 113.794 pontos
Dow Jones: -0,1812% / 34.751 pontos
Nasdaq: 0,1346% / 15.182 pontos
Nikkei: 0,58% / 30.500 pontos
Hang Seng: 1,03% / 24.921 pontos
ASX 200: -0,76% / 7.404 pontos
Abertura
DAX: -0,115% / 15633,76 pontos
CAC 40: -0,112% / 6615,20 pontos
FTSE 100: -0,076% / 7022,11 pontos
Ibovespa Futuros.: -1,17% / 114173,00 pontos
S&P 500 Futuros.: 0,146% / 4470,70 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,182% / 15495,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,05% / 98,64 ptos
Petróleo WTI: -0,74% / $72,02
Petróleo Brent: -0,62% / $75,11
Ouro: 0,67% / $1.764,70
Minério de ferro: -4,66% / $119,96
Soja: -0,69% / $1.286,50
Milho: -0,19% / $528,25
Café: 0,43% / $187,80
Açúcar: -0,41% / $19,34