O mercado de renda variável se firmou em alta ontem e deixou de lado os movimentos internacionais mais fracos da abertura, o câmbio ainda pressionado e dados do mercado de trabalho americano que contrapõem parte das premissas sobre a mão de obra citada na ata da última reunião do FOMC.
Arrecadação mais forte, queda na dívida pública e leitura da PEC dos precatórios na CCJ, pesquisas de intenção de voto, apontando o ex-juiz Sérgio Moro como terceiro colocado e puxada nas commodities estariam entre os motivos para explicar o movimento da bolsa de valores, no seu segundo dia de alta, menos volátil que a sessão anterior.
Nos EUA, o feriado de ação de graças reuniu ontem uma série pesada de dados, com destaque para o PIB dentro das expectativas, com breve releitura da inflação do PCE levemente menos pressionada, porém com um dado surpreendente de pedidos semanais de auxílio desemprego.
Aos 199.000, o indicador foi não somente o melhor desde a pandemia, como um dos melhores até anteriores à crise, deflagrada em março de 2020 e se choca com a premissa citada em diversas ocasiões pelo Fed que os estímulos devem permanecer, devido à fraqueza do mercado de trabalho.
A ata da última reunião do FOMC ontem se contradiz em diversas ocasiões sobre o rumo do mercado de trabalho, citando algumas pioras pontuais nos indicadores de trabalho, porém dedica parte da ata para demonstrar como a falta de mão de obra tem afetado uma série de setores.
Além disso, membros do Fed estão cada vez mais vocais pelo tapering e pela normalização de juros, em vista à visível realidade inflacionária e de atividade econômica, porém o grupamento mais dovish incluiu uma ´cautela´ na leitura dos indicadores, de modo a não ceder a uma redução mais intensa nas compras de títulos e início mais breve da normalização de juros.
O foco local fica pela inflação do IPCA-15, com projeções tão dispersas no mercado, quanto as coletas mais recentes que promovemos, onde o maior choque está nas coletas de preços de combustíveis, pois mesmo sem novos aumentos da Petrobras (SA:PETR4), ainda são detectáveis aumentos de preços no varejo e o problema é este, pois por coleta deste item, nossa inflação chegaria a 0,94%, porém por inferência estatística, 1,09%, próximo da dispersão das projeções do mercado.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com novos lockdowns na Europa e com o feriado de ação de graças nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, após aumento de juros a Coreia do Sul.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não operam devido ao feriado.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à platina.
O petróleo abre queda em Londres e Nova York, à esperado da resposta da OPEP+ aos planos coordenados de liberar reservas de petróleo de emergência, contra a alta global.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -4,13%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,6013 / 0,19 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,223%
Dólar / Iene : ¥ 115,36 / -0,069%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,098%
Dólar Fut. (1 m) : 5593,81 / -0,40 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 11,35 % aa (-0,83%)
DI - Janeiro 23: 12,13 % aa (-0,98%)
DI - Janeiro 25: 11,83 % aa (-0,84%)
DI - Janeiro 27: 11,73 % aa (-0,26%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 0,8301% / 104.514 pontos
Dow Jones: -0,0263% / 35.804 pontos
Nasdaq: 0,4443% / 15.845 pontos
Nikkei: 0,67% / 29.499 pontos
Hang Seng: 0,22% / 24.740 pontos
ASX 200: 0,11% / 7.407 pontos
Abertura
DAX: 0,432% / 15947,05 pontos
CAC 40: 0,354% / 7067,19 pontos
FTSE 100: 0,089% / 7292,82 pontos
Ibovespa Futuros: 0,80% / 104899,00 pontos
S&P 500 Futuros.: 0,31% / 4713,5 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: 0,388% / 16429,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,34% / 103,59 ptos
Petróleo WTI: -0,08% / $78,10
Petróleo Brent: 0,05% / $82,32
Ouro: 0,30% / $1.792,69
Minério de Ferro: -0,58% / $94,33
Soja: -0,51% / $1.266,50
Milho: -0,13% / $579,75
Café: 1,55% / $246,30
Açúcar: -0,90% / $19,93