CENÁRIO MACROECONÔMICO
Por mais uma vez, o governo populista italiano lança mão medidas que desafiam os preceitos da União Europeia e podem piorar a situação fiscal do país ainda mais.
Com 2,4% do PIB em déficit, o governo populista da Itália diz que manterá seu plano orçamentário com altos gastos, mesmo que isso signifique uma multa por descumprimento das metas fiscais.
As promessas de gastos da Itália incluem a introdução de uma renda básica universal e cortes de impostos, além de um confronto crescente com a UE, contestando inclusive a adoção do Euro como moeda única.
A irresponsabilidade do governo italiano é típica de populistas, com viés econômico heterodoxo, como vimos no passado recente no Brasil.
É, em última instância, crer que o dinheiro é criado por geração espontânea ou vem de arvores.
O resultado já sabemos.
O real temor fica por conta tanto de contágio sistêmico e do enfraquecimento dos aspectos fiscais de economias que ainda estão num processo de recuperação vigente, como Grécia, Espanha, Portugal, entre outros.
Atenção hoje às vendas ao varejo no Brasil, e aos resultados de Indusval (SA:IDVL4), Lopes, Oi (SA:OIBR4), M. Dias Branco (SA:MDIA3), PDF, Cemig (SA:CMIG4) e Eternit (SA:ETER3). No exterior, Macy's, Cisco, Oracle, 12st Century Fox, Mizuho, Japan Postal Bank, Merck, Pirelli e Toei.
Macro: CPI, IGP-10 e Serviços.
CENÁRIO POLÍTICO
Os velhos articuladores da política brasileira já se mexem para garantir algum tipo de influência no próximo governo, contrariando inclusive posições criadas durante a campanha (que novidade!!).
Renan já se mexe para retomar a presidência do senado, inclusive com possível apoio às pautas do novo governo, assim como Maia, que até divide opiniões no DEM, mas que desenha sua manutenção na presidência da câmara.
O novo governo lentamente observa tais movimento e começa a entender a dinâmica das casas, coisa que Bolsonaro conhece bem, porém seus aliados, principalmente da equipe econômica ainda não tem bom trânsito.
Segue a curva de aprendizado.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com o orçamento italiano e o Brexit.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, de olho no petróleo em franca queda.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a queda é geral, com destaque ao minério de ferro, com a produção Industrial chinesa positiva.
O petróleo abre em queda, com o Irã mantendo parte das exportações e possíveis acordos de produção em áreas curdas.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 4%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8095 / 1,16 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,177%
Dólar / Yen : ¥ 113,89 / 0,070%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,077%
Dólar Fut. (1 m) : 3815,88 / 1,63 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,62 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,05 % aa (-0,14%)
DI - Janeiro 21: 8,14 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 10,13 % aa (0,50%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,71% / 84.914 pontos
Dow Jones: -0,40% / 25.286 pontos
Nasdaq: 0,00% / 7.201 pontos
Nikkei: 0,16% / 21.846 pontos
Hang Seng: -0,54% / 25.654 pontos
ASX 200: -1,74% / 5.733 pontos
ABERTURA
DAX: -0,715% / 11390,23 pontos
CAC 40: -0,844% / 5058,77 pontos
FTSE: -0,652% / 7007,78 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 85219,00 pontos
S&P Fut.: -0,400% / 2716,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,751% / 6801,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,32% / 82,70 ptos
Petróleo WTI: 1,11% / $56,31
Petróleo Brent:1,79% / $66,64
Ouro: -0,34% / $1.198,15
Minério de Ferro: -0,39% / $74,98
Soja: -0,05% / $16,18
Milho: 0,14% / $366,75
Café: 0,55% / $109,80
Açúcar: 0,16% / $12,62