As tensões estão grandes entre os poderes, em especial com o cenário político deteriorado, pautas estacionadas no congresso, principalmente no senado, falta de diálogo entre os poderes e no fim, inflação.
Com toda a série de problemas políticos locais, os quais catalisam o movimento internacional de realização de lucros e correções dos ativos, a intensa volatilidade impera no mercado brasileiro, afetando o valor do Real.
Como citamos por muito tempo, pior do que a valorização ou desvalorização cambial para a inflação é a volatilidade, pois ela implica em constante incertezas na formação de preços que por fim, se traduzem em preços firmados em alta.
O IPCA de hoje deve trazer alívio em alguns pontos importantes, especialmente conectados às pressões mais presentes nas medidas anteriores como o IPCA-15, com um porém importante.
Parte destes alívios vem de uma questão estatística e temporal, pois o período de coleta do índice oficial fechado capturou somente marginalmente as pressões de energia elétrica e combustíveis que o 15 capturou de modo completo.
Neste período, observamos novas bandeiras tarifárias de energia elétrica, novos aumentos de combustíveis e parte em alimentos que serão novamente capturados no índice intermediário (IPCA-15) e somente se compensa com o alivio em alguns itens do atacado, como já foi observado ontem no IGP-DI.
Portanto, o cenário de instabilidade cambial continua a pesar nas medidas de preços, em especial transportes, o alívio do atacado pode levar alguma descompressão ao varejo nas medidas entre setembro e outubro, porém nada que vá alterar a perda das metas de inflação ou o ritmo de alta nos juros.
Atenção hoje à decisão do BCE, após a maior alta inflacionária em 10 anos dos índices ao varejo, numa pressão global de preços que também atinge ao Brasil.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com cautela geral nos mercados e pela decisão do BCE.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, especialmente as empresas chinesas de jogos e educação, afetadas pelas restrições do governo.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com menores estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,62%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,3205 / 2,91 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,119%
Dólar / Iene : ¥ 109,92 / -0,318%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / 0,356%
Dólar Futuro. (1 m) : 5323,88 / 2,56 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,25 % aa (1,29%)
DI - Janeiro 23: 8,79 % aa (1,74%)
DI - Janeiro 25: 10,06 % aa (2,65%)
DI - Janeiro 27: 10,54 % aa (2,63%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -3,7803% / 113.413 pontos
Dow Jones: -0,1964% / 35.031 pontos
Nasdaq: -0,5704% / 15.287 pontos
Nikkei: -0,57% / 30.008 pontos
Hang Seng: -2,30% / 25.716 pontos
ASX 200: -1,90% / 7.370 pontos
Abertura
DAX: -0,248% / 15571,52 pontos
CAC 40: -0,263% / 6651,34 pontos
FTSE 100: -1,162% / 7013,09 pontos
Ibovespa Futuros: -3,88% / 113749,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,148% / 4512,60 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,184% / 15587,25 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,06% / 96,75 ptos
Petróleo WTI -0,07% / $69,43
Petróleo Brent: 0,04% / $72,84
Ouro: 0,33% / $1.795,49
Minério de ferro: -2,13% / $135,56
Soja: 0,16% / $1.270,75
Milho: 0,00% / $498,25
Café: -1,96% / $187,75
Açúcar: -0,67% / $19,35