A disputa entre comprados e vendidos no dólar ontem, ainda que com baixa volatilidade, demonstra que a ocorrência de um Real valorizado ainda encontra resistência no mercado, mas pode se firmar sempre que a relação com o dólar global estiver favorável.
Como os fundamentos brasileiros são praticamente os mesmos dos últimos dois anos: sem avanços substanciais nas agendas de reformas, risco de aumento dos gastos fiscais, malabarismos contábeis, descrédito da equipe econômica, o dinheiro entra aqui pela usual via do capital financeiro.
Neste momento, tanto as falas de Powell sobre a manutenção dos programas de liquidez por parte do Fed, como uma série de dados mais recentes de atividade econômica abaixo das expectativas dos analistas corroboram para o enfraquecimento global da divisa norte americana e pode nos beneficiar.
Com isso, a atenção continua focada em dados nos EUA, com o PIB, estoques ao atacado e varejo e pedidos de bens duráveis e de capital, além dos pedidos semanais de auxílio desemprego.
Ainda que tais dados estejam muito próximos do verão no Hemisfério Norte, período de aquecimento econômico, especialmente de serviços, a máxima de ‘notícia ruim é notícia boa’ se encaixa nas intenções futuras do mercado global com os EUA mantendo intacto o fluxo de liquidez.
Tal perspectiva de liquidez abundante foi compartilhada pelo Banco do Japão (BoJ) na ata de sua última reunião, na qual foi citado o aumento da velocidade da recuperação nas economias que adotam tal expediente, ou seja, iene também desvalorizado num futuro próximo?
Para uma nação fortemente exportadora, é uma excelente opção, mas com elevado custo (como se os BCs estivessem ligando para isso hoje em dia).
Localmente, os investidores observam tanto os sinais de possível corrupção na compra de vacinas da Índia, ainda que a mesma não tenha sido concretizada, como a demissão do ministro Ricardo Salles do Meio Ambiente, o que deve abrir espaço para a adesão de novos membros do Centrão no governo.
Todo o noticioso em torno da CPI, ainda que gere bastante mídia e traga a aparência de resultados mais severos, aparentemente pode ficar no palanque, dada a falta de apoio da maioria do Congresso ao tema.
Nada de absolutamente novo ocorrendo no Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após comentários mais ‘dovish’ de Powell.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com o Yen mais fraco.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto pelo minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com a perspectiva de demanda eleva nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -4,41%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,9667 / 0,16 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,084%
Dólar / Iene : ¥ 110,78 / -0,072%
Libra / Dólar : US$ 1,40 / -0,043%
Dólar Futuro. (1 m) : 4974,52 / -0,29 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,77 % aa (3,28%)
DI - Janeiro 23: 7,31 % aa (0,55%)
DI - Janeiro 25: 8,25 % aa (0,24%)
DI - Janeiro 27: 8,63 % aa (-0,46%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,2636% / 128.428 pontos
Dow Jones: -0,2102% / 33.874 pontos
Nasdaq: 0,1295% / 14.272 pontos
Nikkei: 0,00% / 28.875 pontos
Hang Seng: 0,23% / 28.882 pontos
ASX 200: -0,32% / 7.275 pontos
ABERTURA
DAX: 0,739% / 15570,55 pontos
CAC 40: 0,985% / 6615,57 pontos
FTSE 100: 0,265% / 7092,80 pontos
Ibovespa Futuros: -0,27% / 129144,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,113% / 4231,40 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,619% / 14349,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,44% / 91,84 ptos
Petróleo WTI: 0,11% / $73,15
Petróleo Brent: 0,24% / $75,33
Ouro: 0,12% / $1.782,18
Minério de ferro: 0,03% / $213,80
Soja: -1,25% / $1.367,50
Milho: -0,75% / $659,00
Café: -0,85% / $151,85
Açúcar: -1,02% / $16,55