O mercado acionário ontem nos EUA acabou por puxar as bolsas de valores em nível global para as perdas, dentro da perspectiva de que um crescimento econômico mais acelerado deva acontecer em breve, com consequências na inflação.
Esta visão perdura, mesmo após o cenário desenhado por Powell se mostrar menos preocupado com a inflação de curto e médio prazo e a insistência dos investidores em preservar tal cenário leva à pressão adicional nos Treasuries, conforme observado ontem.
Tal movimento não deve ter alívio, até que ou os investidores se convençam de que o cenário proposto pelo Fed vai ocorrer sem maiores percalços, ou que a atividade econômica não ganhará tanta tração, ou que o Fed vai manter a liquidez e as atuais taxas, não importa a mudança de cenário.
Por fim, tudo acaba por se resumir no temor dos investidores da retirada dos programas de liquidez do banco central americano e o que esta redução do balanço possa significar para mercados como o de renda variável.
Localmente, ainda que o mercado regozijasse a decisão mais dura do Copom, demonstrando que possivelmente a independência recentemente aprovada cumpriu seu papel conforme o esperado, o peso do mercado externo se impôs.
Isso ocorre em um dia com pesadas perdas no petróleo e uma série de commodities, neste mercado sustentando temores opostos ao que acontece nos EUA, devido aos novos lockdowns e ao processo atrasado de vacinação na Europa.
Desde a pausa na vacinação por conta de supostos problemas de embolia, até falta de logística para vacinação em massa, a maioria dos países europeus tem um cenário inclusive pior do que o brasileiro em termos absolutos e por milhão de habitantes.
O problema no Brasil é exatamente o colapso do sistema de saúde e a aceleração no número de mortos, que combinado com a descoordenação do governo federal e até recentemente, forte politização da doença, a clara sensação que fica é de total descontrole.
Portanto, ainda que registre números melhores e vacine em velocidade considerada invejável, falta o básico, a própria vacina.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, observando a movimentação dos 10 anos nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com o aumento geral de cautela.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos até os 3 anos somente.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto o ouro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, apesar dos temores de piora na atividade europeia.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,32%.
CÂMBIO
Dólar: R$ 5,5618 / -0,47 %
Euro / Dólar: US$ 1,19 / -0,134%
Dólar / Iene : ¥ 108,84 / -0,074%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,014%
Dólar Fut. (1 m) : 5557,70 / -0,57 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,50 % aa (4,77%)
DI - Janeiro 23: 6,16 % aa (2,67%)
DI - Janeiro 25: 7,37 % aa (-0,41%)
DI - Janeiro 27: 7,86 % aa (-0,63%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,4706% / 114.835 pontos
Dow Jones: -0,4636% / 32.862 pontos
Nasdaq: -3,0242% / 13.116 pontos
Nikkei: -1,41% / 29.792 pontos
Hang Seng: -1,41% / 28.991 pontos
ASX 200: -0,56% / 6.708 pontos
ABERTURA
DAX: -0,362% / 14721,99 pontos
CAC 40: -0,434% / 6036,50 pontos
FTSE: -0,848% / 6722,20 pontos
Ibovespa Futuros: -1,45% / 114919,00 pontos
S&P 500 Futuros: -1,453% / 3906,00 pontos
Nasdaq Futuros: 0,699% / 12865,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,35% / 83,95 ptos
Petróleo WTI: 1,45% / $60,89
Petróleo Brent: 1,53% / $64,20
Ouro: 0,08% / $1.736,33
Minério de Ferro: -1,11% / ¥ $168,21
Soja: 0,50% / $1.398,25
Milho: 0,50% / $549,00
Café: -4,86% / $126,40
Açúcar: -0,31% / $15,83