Mercados sobem na abertura da última semana de um agosto pessimista

Bem-vindo à sua leitura matinal de cinco minutos de como os mercados estão reagindo ao redor do mundo nesta manhã.

ÁSIA: As bolsas da Ásia iniciaram a última semana de negociações de agosto em alta.

As autoridades chinesas reduziram o imposto sobre as negociações de ações pela metade a partir de segunda-feira. O Ministério das Finanças disse que a medida visa “revigorar o mercado de capitais e aumentar a confiança dos investidores”. Os impostos na Bolsa de Valores de Xangai e na Bolsa de Valores de Shenzhen eram de 0,1% antes da mudança. O índice Shanghai Composite fechou em alta de 1,13%, em 3.098,64 pontos e o Shenzhen Component avançou 1,01%, em 10.233,15 pontos.

O índice Hang Seng de Hong Kong subiu 0,96%, em 18.120,50 pontos, liderado por ações de consumo cíclico e ações de saúde. Ações da incorporadora imobiliária mais endividada do mundo, China Evergrande Group (HK:3333) despencou 87% na retomada das negociações após 17 meses.

O Nikkei do Japão subiu 1,73% para terminar em 32.169,99 pontos.

O Kospi da Coreia do Sul subiu 0,96% para 2.543,41 pontos.

O S&P/ASX 200 da Austrália ganhou 0,63% e fechou em 7.159,80 pontos, depois que as vendas no varejo do país subiram 0,5% em relação ao mês anterior, acima dos 0,3% esperados por economistas. O setor financeiro, altamente ponderado fechou em alta, sustentado pelos quatro grandes bancos. CBA ganhou 1,2%, NAB subiu 1,1%, Westpac adicionou 0,4% e ANZ avançou 1,1%. O setor de mineração subiu, mas um desempenho menor em comparação com outros setores. As ações da Fortescue despencaram 4,6% depois que a empresa anunciou a saída da presidente-executiva, Fiona Hick, apenas seis meses depois de ela começar no cargo. As gigantes BHP e Rio Tinto (LON:RIO) subiram 0,9% cada. As mineradoras de ouro Northern Star e Evolution subiu 2,3% e 2,6%. As mineradoras de lítio Pilbara Minerals e Allkem recuaram 4,4% e 1,7%, pesando sobre o setor. Entre as empresas de energia Santos caiu 1,2% e Woodside Energy subiu 0,7%.

EUROPA: As bolsas europeias negociam em alta na última semana de negociações de agosto, com os investidores avaliando a perspectiva de taxas de juro mais elevadas por parte da Reserva Federal dos EUA.

O alemão DAX 30 sobe 0,3% e o francês CAC 40 adiciona 0,5%.

Em dia de feriado no Reino Unido, o FTSE 100 permanece fechado.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA sobem no início da última semana de negociações de agosto.

Os índices americanos estão saindo de uma sessão vencedora após comentários agressivos do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell na conferência anual do banco central em Jackson Hole, Wyoming, na sexta-feira. Powell apontou alguns sinais de crescimento econômico contínuo e fortes gastos dos consumidores, mas indicou que o banco central iria “proceder com cuidado” os aumentos adicionais. “Embora a inflação tenha recuado do seu pico, um movimento bem-vindo mas continua demasiado elevada”, disse Powell em comentários preparados. “Estamos preparados para aumentar ainda mais as taxas se for apropriado e pretendemos manter a política num nível restritivo até estarmos confiantes de que a inflação está recuando de forma sustentável em direção ao nosso objetivo". Na noite de domingo, os "traders" previam uma probabilidade de quase 20% de que o Fed aumentasse as taxas novamente na sua próxima reunião de setembro, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.

Durante a sessão regular de sexta-feira, o Dow Jones Industrial Average ganhou 0,73%, em 34.346,90 pontos, mas terminou em queda de 0,45% na semana. O S&P 500 subiu cerca de 0,67%, em 4.405,71 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançou cerca de 0,94%, em 13.590,65 pontos. Ambos os índices registraram sua primeira semana de altas em quatro, avançando cerca de 0,8% e 2,3%, respectivamente.

A última semana de negociações de agosto começa com todos os principais índices a caminho de terminar o mês com perdas. O Dow e o S&P caem 3,4% e 4%, respectivamente, desde o início do mês, enquanto o Nasdaq perde cerca de 5,3%.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA caem na segunda-feira, com os investidores permanecendo focados nos comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell,. O recente aumento nos rendimentos a 10 anos levou para seu nível mais alto desde Novembro de 2007 na semana passada, à medida que os investidores debatiam sobre uma economia surpreendentemente resiliente dos EUA e com a possibilidade da inflação persistente forçar o banco central a manter as taxas de juro mais elevadas durante mais tempo.

Segundo um analista, o rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos representa um ponto de entrada atraente para investidores em dívida. O mercado está precificando que o banco central está empenhado em manter essas taxas mais altas e esmagar a inflação, portanto, eles são credíveis, segundo um analista, o que é uma coisa boa e que, em última análise, reflete no mercado de crédito e depois nas condições financeiras, mas com um atraso maior e com um rendimento particularmente elevado ainda é um mercado que precisa aumentar. “Acho que isso teria um reflexo no mercado acionário".

Com a inflação a diminuindo constantemente, mas ainda acima da meta, a atenção está cada vez mais voltada para a forma como o banco central irão responder à deterioração das perspectivas de crescimento.

Na quarta-feira passada, os dados económicos decepcionaram em ambos os lados do Atlântico. Nos EUA, o Índice Composto de Gestores de Compras dos EUA da S&P Global caiu para um mínimo de seis meses de 50,4 em Agosto, face a uma leitura de 52 em Julho. Ambos os subíndices, o de serviços e o de manufatura, caíram na base mensal. O índice industrial caiu de 50 para 47,5. Uma leitura abaixo de 50 sugere que a atividade contraiu. O índice de serviços caiu de 52,3 em julho para 51 em agosto.

Wall Street irá analisar esta semana mais dados econômicos, antes do relatório mensal de emprego de sexta-feira. As leituras poderão oferecer mais informações sobre a saúde do consumidor, cenário macroeconômico e mercado de trabalho dos EUA.

Não está prevista a divulgação de dados econômicos nesta segunda-feira.

CRIPTOMOEDAS: As criptomoedas caem na segunda-feira, com os "traders" de criptomoedas cautelosos depois que o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole na sexta-feira manteve as portas abertas para futuros aumentos das taxas de juros.

O Bitcoin é negociado abaixo de US$ 26.000 na segunda-feira. A maior criptomoeda está abrindo mão dos ganhos obtidos no fim de semana que mantiveram o preço em grande parte acima de US$ 26.000 após negociações agitadas logo após o discurso de Powell, que deixou os mercados inseguros se o ciclo de alta de juros do Fed havia acabado ou não.

O Bitcoin tem oscilado em torno de US$ 26.000 desde que uma liquidação no início deste mês que encerrou sua recente calmaria e levou os preços brevemente abaixo de US$ 25.500.

O ethereum, a segunda maior criptomoeda, caiu 0,8% para US$ 1.630.

Criptos menores, ou altcoins, também ficam no vermelho, com Cardano caindo 1,3% e Solana caindo 1,6%. Dogecoin caiu 1,4%.

Bitcoin: -0,51% em US $ 25.936,30
Ethereum: -0,851% em US $ 1.637,08

ÍNDICES FUTUROS - 7h20:
Dow: +0,22%
S&P 500: +0,15%
NASDAQ: +0,23%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: -0,85%
Brent: -0,11%
WTI: +0,08%
Soja: -0,88%
Ouro: +0,11%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.