A ordem de finalizar o mini QE (Quantitative Easing – Alívio Quantitativo) do Reino Unido na sexta-feira foi cumprida e ontem observou-se que não ocorreu nenhuma “quebradeira” entre os fundos de pensão britânicos.
Ainda assim, o início do QT (Quantitative Tightening – Aperto Quantitativo), ou seja, a retirada de liquidez do sistema pelo Banco da Inglaterra foi adiada e preserva as quantidades maciças de dinheiro em circulação na economia, dificultando o controle da inflação pela autoridade monetária.
Para os mercados, novamente, isso se torna motivo de júbilo, afinal, dinheiro em circulação é o principal condutor de um mercado com propensão marginal ao risco, beneficia bolsas de valores e emergentes.
Outro ponto positivo para a liquidez reside nos resultados corporativos, que não capitulam uma recessão como previam alguns analistas e mostram uma saúde renovada da economia e ainda que preserve a percepção de juros em ascensão nos EUA, renova os ganhos das ações.
Após tantas notícias que em tese preservam a percepção de inflação no curto prazo, a desova dos estoques americanos de petróleo para, ao menos, controlar os preços dos combustíveis antes das eleições de meio de mandato mantém o ritmo de queda global da commodity, estável há algum tempo abaixo dos US$ 100 o barril.
Na sessão de ontem, a abertura já positiva acabou impulsionada pela queda mais acentuada do índice industrial do Fed de NY, na máxima de “dado ruim, dado bom”, porém os indicadores corporativos preservam o cenário de juros mais elevados por parte do Fed.
Por enquanto, o cenário é este: certeza de contínua elevação de juros por parte do Fed, em meio à inflação ascendente, resultados corporativos rechaçando a possibilidade de recessão, retirada lenta ou adiada dos estímulos de liquidez, dúvidas quanto à China, especialmente após o adiamento da divulgação do PIB e localmente, reflação de alimentos começa a dominar alguns índices de preços.
Atenção hoje à produção industrial, índice do mercado imobiliário e fala de membros do Fed, com Bostic às 15h e Kashkari às 18h, além dos dados já divulgados do Zew na Alemanha, com piora na situação corrente e localmente, o IPC da Fipe semanal aos 0,33% e o IGP-10.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com atenção aos resultados de Goldman Sachs (NYSE:GS) e Netflix (NASDAQ:NFLX).
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo a tendência das bolsas americanas, puxadas por resultados corporativos mais fortes.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, seu rumo, com queda em ouro, prata e cobre.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com a desova dos estoques regulatórios americanos, para conter os preços antes das eleições.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,70%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2822 / -0,82 %
Euro / Dólar : US$ 0,98 / 0,031%
Dólar / Yen : ¥ 149,07 / 0,013%
Libra / Dólar : US$ 1,13 / -0,493%
Dólar Fut. (1 m) : 5311,00 / -0,79 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,60 % aa (0,07%)
DI - Janeiro 24: 12,84 % aa (-0,27%)
DI - Janeiro 26: 11,48 % aa (-1,29%)
DI - Janeiro 27: 11,49 % aa (-1,12%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,3845% / 113.624 pontos
Dow Jones: 1,8593% / 30.186 pontos
Nasdaq: 3,4337% / 10.676 pontos
Nikkei: 1,42% / 27.156 pontos
Hang Seng: 1,82% / 16.915 pontos
ASX 200: 1,72% / 6.779 pontos
ABERTURA
DAX: 1,064% / 12783,60 pontos
CAC 40: 0,613% / 6077,71 pontos
FTSE: 0,826% / 6977,43 pontos
Ibov. Fut.: 1,45% / 115900,00 pontos
S&P Fut.: 1,33% / 3738,25 pontos
Nasdaq Fut.: 1,271% / 11293,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,43% / 112,63 ptos
Petróleo WTI: -0,32% / $85,19
Petróleo Brent: -0,24% / $91,40
Ouro: 0,05% / $1.651,51
Minério de Ferro: 1,14% / $92,65
Soja: -0,25% / $1.380,50
Milho: -0,66% / $678,50
Café: -0,20% / $195,80
Açúcar: -0,53% / $18,71