A semana usualmente pesada em termos de agenda macroeconômica, a qual conta com mercado de trabalho nos EUA, uma série de ISMs e PMIs em nível global, diversas inflações no Brasil, com destaque ao IPCA e dados de atividade econômica deve lidar também com a divulgação de informações de contas no exterior de diversas autoridades, no que é conhecido como ‘Pandora Papers’.
Evento semelhante havia ocorrido em 2016 conhecido como ‘Panamá Papers’ e é a divulgação por um consorcio de jornalistas de informações até então conhecidas como secretas, ainda que parte esteja publicamente documentada em diversos países.
O caso local envolveria Paulo Guedes e Roberto Campos Neto e obviamente já é objeto de escrutínio de parte da mídia e da oposição.
Todavia, qualquer ‘malfeito’ efetivamente se confirma, caso sejam registradas movimentações de ambos nas suas contas (compra e vendas de ativos, remessas, emissões, etc.), em especial movimentações atípicas, pois se tratam de pessoas politicamente expostas e com informação privilegiada, caso contrário, é ‘fumaça’ e só vai ser alimentado, caso a imprensa assim o deseje.
Sem estas informações, é impossível afirmar, por exemplo, que ocorre um caso com maior gravidade como as operações de mercado financeiro que tem ocorrido por membros do Fed e muitas vezes, até por membros do congresso americano, como já foi acusada Nancy Pelosi.
Questionado em entrevista, Powell sequer tinha noção do que estaria acontecendo e isso pode levar à uma devassa nas operações de membros do governo, detentores de informação privilegiada, como a operação de opções da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34) por Paul Pelosi, um pouco antes do painel antitruste que envolvia a empresa.
Em qualquer dos casos, o problema vem exatamente da movimentação financeira, operações atípicas e operações em vista ao uso de informação privilegiada, caso contrário (como acabou sendo em boa parte do Panama Papers) é ‘vapor;’.
A semana começa com o IPC da Fipe registrando inflação em setembro de 1,13%, ante 1,44% na medição de agosto, quando registrou a maior taxa mensal desde janeiro de 2015 (1,62%).
É a maior taxa para setembro desde 2004, 1 bp acima dos 1,12% de setembro de 2020. Atenção aos pedidos de bens duráveis nos EUA.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com temores de inflação, tapering do Federal Reserve, aumentos de taxas de juros e Evergrande.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, em reação à paralisação das operações de mercado da Evergrande e feriado na semana na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto sobre. Bolsas chinesas fechadas.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, na expectativa pela reunião da OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7,61%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,3645 / -1,44 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,104%
Dólar / Iene : ¥ 111,28 / 0,180%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / 0,251%
Dólar Futuro (1 m) : 5381,28 / -1,57 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,59 % aa (-0,23%)
DI - Janeiro 23: 9,13 % aa (-0,82%)
DI - Janeiro 25: 10,16 % aa (-1,17%)
DI - Janeiro 27: 10,55 % aa (-1,31%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,7305% / 112.900 pontos
Dow Jones: 1,4258% / 34.326 pontos
Nasdaq: 0,8175% / 14.567 pontos
Nikkei: -1,13% / 28.445 pontos
Hang Seng: -2,19% / 24.036 pontos
ASX 200: 1,29% / 7.279 pontos
ABERTURA
DAX: 0,027% / 15160,46 pontos
CAC 40: 0,129% / 6526,10 pontos
FTSE 100: 0,122% / 7035,66 pontos
Ibovespa Futuros.: 1,86% / 112832,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,41%/ 4375,10 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,423% / 14700,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,54% / 101,47 ptos
Petróleo WTI Futuros: 0,04% / $75,94
Petróleo Brent: 0,11% / $79,40
Ouro: -0,60% / $1.749,20
Minério de Ferro: 6,21% / $115,76
Soja: -0,80% / $1.237,50
Milho: -0,51% / $539,00
Café: -1,62% / $201,30
Açúcar: -0,10% / $20,06