Passada uma semana na qual os ativos responderam à questão política no Brasil com maior intensidade, do adiamento da votação do projeto de reforma do IR, até mobilizações de grupo para ocupação de Brasília, o foco ser alterna agora para a geopolítica internacional.
Começam agora os questionamentos do peso da retirada atabalhoada dos EUA do Afeganistão e como isso pode gerar ainda maior tensão na região, com a mais do que rápida ascensão do Talibã no poder do país.
Há óbvias comparações do fiasco americano à guerra do Vietnã, porém a diferença dos dois países, apesar da vertente política, é que a nação asiática não abrigava a financiava terroristas internacionais, em especial através da venda de drogas, armas e agora, as reservas de terras raras.
Outro ponto é como Biden vai lidar nas futuras aprovações das fases seguintes do seu plano ambicioso econômico, o qual até agora foi aprovada a parcela que interessava aos republicanos, com investimentos maciços em infraestrutura e incentivo ao emprego.
As fases seguintes, onde se espera pouco retorno econômico, pois lidam mais com questões sociais do que econômicas já tinha baixa aderência inclusive de democratas, por conta da exagerada elevação de impostos.
Agora, com o fiasco militar, a situação tende a piorar ainda mais, relembrando que as incursões no Afeganistão foram uma resposta ao 11 de setembro, que fará 20 anos em menos de um mês, ou seja, algo bastante fresco na memória da maioria dos americanos.
O contexto então tende a dificultar politicamente a vida de Biden, o qual foi aconselhado por membros da alta cúpula militar a não abandonar o país daquela maneira, sob pena de observar exatamente o que está acontecendo.
Todavia, a promessa de campanha parecia mais importante naquele momento e agora, o aumento da ‘temperatura’ geopolítica na região e as consequências ainda indeterminadas em diversos ativos.
Localmente, semana de agenda limitada e findando a temporada de balanços corporativos, os quais surpreenderam positivamente na sua maioria, seguindo a tendência dos indicadores de atividade econômica mais forte para o período.
No exterior, agenda com maior peso na Europa, além dos dados ontem na China.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com o aumento das tensões geopolíticas, com a saída dos EUA do Afeganistão.
Em Ásia-Pacífico, mercados na maioria queda, com a decepção dos dados na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, fortes quedas, exceto minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com os de queda da demanda chinesa, após resultados negativos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 13,14%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2485 / -0,09 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,127%
Dólar / Yen : ¥ 109,29 / -0,201%
Libra/Dólar : US$ 1,39 / -0,087%
Dólar Fut. (1 m) : 5256,01 / -0,14 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 7,85 % aa (2,21%)
DI - Janeiro 23: 8,34 % aa (1,09%)
DI - Janeiro 25: 9,40 % aa (1,73%)
DI - Janeiro 27: 9,82 % aa (1,97%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,4083% / 121.194 pontos
Dow Jones: 0,0437% / 35.515 pontos
Nasdaq: 0,0448% / 14.823 pontos
Nikkei: -1,62% / 27.523 pontos
Hang Seng: -0,80% / 26.181 pontos
ASX 200: -0,61% / 7.582 pontos
ABERTURA
DAX: -0,756% / 15856,66 pontos
CAC 40: -1,106% / 6819,79 pontos
FTSE 100: -0,993% / 7147,02 pontos
Ibovespa Futuros: 0,51% / 121199,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,177% / 4462,50 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,195% / 15068,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,45% / 94,75 ptos
Petróleo WTI: -0,98% / $67,29
Petróleo Brent: -0,88% / $69,60
Ouro: -0,25% / $1.776,34
Minério de ferro: 1,92% / $167,95
Soja: 0,40% / $1.378,25
Milho: -0,04% / $569,25
Café: 0,25% / $184,80
Açúcar: 0,20% / $20,04