Os sinais emitidos pela economia chinesa e todo o ruído político local, que se estendeu ao fim de semana com o pedido de impeachment no STF, marcaram uma semana de volatilidade, agenda global esvaziada e temores com os avanços da pandemia em nível global.
Apesar da recuperação de hoje, desde o pico em maio, diversas commodities metálicas observam um ciclo de devolução de preços intensa, com exceção ao níquel em alta e ao ouro “estável”, com destaque ao minério de ferro em forte perda, dado a dissolução de vários estoques chineses.
O pico de estocagem chinesa de matérias primas foi em janeiro deste ano, enquanto o de minério de ferro se intensificou até final de abril, para então entrar em declínio.
Este cenário poderia significar em algum momento a retomada de preços e da força de compra da China, se não fosse a questão da variante Delta e o quanto isso gera de incertezas sobre o que tem ocorrido na segunda maior economia do mundo.
Fechamento de portos, regiões fabris, o problema dos vizinhos e, ainda, o problema de se evitar os crescentes riscos financeiros, a se equilibrar com um crescimento econômico estável.
Na questão sanitária, ainda que se tenha mostrado de menor letalidade, muito provavelmente pela quantidade de pessoas vacinadas no mundo, a variante Delta tem velocidade de transmissão bastante elevada, criando aos governos o temor de repetição dos eventos observados em meados do ano passado.
Países da Oceania já se conectaram no modo ‘pânico total’, com lockdowns e diversas restrições, enquanto o resto do mundo continua a buscar alternativas mais equilibradas, por enquanto, para evitar um novo colapso econômico.
A política local e internacional também cumprem seu papel nesta semana, com o ruído político, o qual parecia perder força, ser retomado com a questão do impeachment no STF e possíveis protestos em 7 de setembro, além do contorcionismo intelectual para retirar despesas, em especial precatórios, do teto dos gastos, o que agrada boa parte do congresso.
No exterior, a popularidade de Biden despencou, assim como as chances de aprovação de um plano robusto, além dos US$ 1,2 tri já aprovados, e agora o foco se volta ao PIB nos EUA, PCE, Jackson Hole e, locamente, o IPCA-15.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após uma semana de perdas intensas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com a melhora do petróleo influenciando empresas de energia.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, recuperam minério de ferro e cobre.
O petróleo abre alta em Londres e Nova York, ajudado por um dólar global mais fraco.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,59%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3807 / -0,63 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,239%
Dólar / Yen : ¥ 110,09 / 0,255%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / 0,338%
Dólar Fut. (1 m) : 5396,76 / -0,65 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 7,95 % aa (0,19%)
DI - Janeiro 23: 8,40 % aa (-1,06%)
DI - Janeiro 25: 9,56 % aa (-1,65%)
DI - Janeiro 27: 10,00 % aa (-1,67%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,7580% / 118.053 pontos
Dow Jones: 0,6476% / 35.120 pontos
Nasdaq: 1,1888% / 14.715 pontos
Nikkei: 1,78% / 27.494 pontos
Hang Seng: 1,05% / 25.110 pontos
ASX 200: 0,39% / 7.490 pontos
ABERTURA
DAX: 0,257% / 15848,68 pontos
CAC 40: 0,893% / 6685,27 pontos
FTSE: 0,409% / 7116,88 pontos
Ibov. Fut.: 0,68% / 118758,00 pontos
S&P Fut.: 0,807% / 4436,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,282% / 15127,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,30% / 92,35 ptos
Petróleo WTI: 3,04% / $63,98
Petróleo Brent: 3,44% / $67,25
Ouro: 0,37% / $1.788,35
Minério de Ferro: 0,65% / $160,54
Soja: 1,33% / $1.306,50
Milho: 0,79% / $540,50
Café: 1,23% / $179,80
Açúcar: -0,05% / $19,57