Uma semana para o mercado financeiro brasileiro chamar de sua, com uma agenda macroeconômica repleta de indicadores relevantes, em especial aqueles relacionados mais diretamente à política monetária.
O IPCA, inflação ao varejo e referencia oficial do governo deve continuar a apresentar as mesmas pressões que desenharam a piora do contexto de pressões de preços – alimentos e energia – ainda adicionado de pressões adicionais de serviços, conforme avança o processo de imunização.
A questão climática, com quedas mais fortes de temperaturas, consequentes geadas e ausência de chuvas se mantem como fatores preponderantes, com um caráter altamente imprevisível no curto prazo.
A semana também conta com a ata da última reunião do Copom, onde investidores buscam sinais futuros da atuação mais firme do BC quanto aos juros, após a contratação de mais 100 bp de alta de juros na próxima reunião, em resposta aos caráteres inflacionários mencionados acima, sendo que praticamente nenhum tem resposta mais imediata ao aperto nos juros.
O desafio de mais uma vez ‘correr atrás da curva’ como fez no ano passado leva tanto à atuação atual do BC, como deve pautar os movimentos futuros, os quais tem no fiscal um componente muito mais preocupante, e permanente, do que aquele observado pelos gastos diretamente relacionados à pandemia.
Refis, a reforma tributária de péssimo molde, demandas parlamentares que já custam muito mais do que deveriam, tudo isso entra em um contexto de difícil mensuração, diferente dos gastos fiscais com a pandemia estes com dia certo para acabar, como em 2020.
Assim, o foco às votações ligadas ao fiscal continua, além, de uma série pesada de dados de atividade econômica como a prévia do PIB, serviços, vendas ao varejo e produção industrial.
Por falar em atividade e inflação, nos EUA a agenda da semana tem forte peso também no CPI e PPI, inflações ao varejo e atacado, custos de importados e exportados, além da produtividade trimestral e custo de mão de obra.
No caso americano, ainda que as pressões de preços estejam cada vez mais constantes e o mercado de trabalho em franca expansão, conforme demonstrado no Payroll de semana passada, o Fed continua a adotar uma postura de certa negação, que demanda atenção ao futuro próximo dos EUA.
Na China, a variante Delta sem se mostrado mais resistente do que se imaginava às vacinas locais e já existem revisões de crescimento do país, em vista a notícias de expansão acelerada da doença por todo o país.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com investidores aguardando os principais dados da inflação dos EUA esta semana.
Em Ásia-Pacífico, mercados na maioria positivos, mesmo após a redução das projeções de crescimento da China dada a variante Delta.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque à maior queda do ouro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com o aumento de tensões no dada a variante delta no mundo, em especial na China.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 6,94%
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,2327 / -0,30 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,034%
Dólar / Yen : ¥ 110,17 / -0,100%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / 0,115%
Dólar Futuros (1 m) : 5258,10 / 0,46 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 7,69 % aa (3,57%)
DI - Janeiro 23: 8,16 % aa (-0,18%)
DI - Janeiro 25: 9,05 % aa (-0,33%)
DI - Janeiro 27: 9,40 % aa (0,11%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 0,9681% / 122.810 pontos
Dow Jones: 0,4114% / 35.209 pontos
Nasdaq: -0,3985% / 14.836 pontos
Nikkei: 0,33% / 27.820 pontos
Hang Seng: 0,40% / 26.283 pontos
ASX 200: 0,00% / 7.538 pontos
Abertura
DAX: -0,134% / 15740,39 pontos
CAC 40: -0,009% / 6816,36 pontos
FTSE 100: -0,307% / 7101,10 pontos
Ibovespa Futuros: 0,95% / 122898,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,176% / 4429,40 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: 0,023% / 15104,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -1,42% / 93,34 ptos
Petróleo WTI : -4,42% / $65,76
Petróleo Brent: -4,05% / $68,23
Ouro: -1,13% / $1.739,84
Minério de Ferro: -3,08% / $172,01
Soja: 0,14% / $1.425,50
Milho: -0,95% / $550,75
Café: -1,48% / $174,25
Açúcar: -0,91% / $18,49