CENÁRIO MACROECONÔMICO
Citamos na semana passada um relatório do banco JPMorgan e uma notícia do WSJ, indicando que a volatilidade havia perdido força e seria possível se observar uma melhora do contexto nesta semana e foi exatamente o que ocorreu.
Após a redução das posições dos fundos de parity risk e os ajustes do mercado suscitaram a melhora no início da semana, mesmo sem grandes indicadores econômicos em vista.
Isto se reverte hoje com a leitura da inflação ao varejo nos EUA, o CPI, onde as projeções médias indicam uma alta na medição geral, porém um núcleo ainda comportado e abaixo da meta informal do FOMC.
Mantida tal premissa, as pressões por elevação de juros nos EUA se reduzem e aliviam parte do pânico do mercado com um evento mais do que anunciado pela autoridade monetária.
Ainda assim, as atenções aos indicadores de mercado de trabalho continuam grandes, pois a pressão de salários, ainda que não exatamente significativa no curto prazo, mantem a atenção cerrada do Fed.
CENÁRIO POLÍTICO
Passado o carnaval e toda a distração, as atenções ao cenário político voltam e com força, principalmente às vésperas da votação da reforma da previdência.
Como citamos semana passada, o governo tem a conta justa, muito justa para a aprovação da reforma e Maia não consegue nem garantir o quórum e nem os votos para que o processo não seja traumático.
Ainda assim, o executivo e ministros mantem o esforço para tentar garantir o novo texto, considerado por alguns parlamentares mais palatável, principalmente por incluir aposentaria vitalícia a viúvas de agentes de segurança.
No contexto eleitoral, Temer parece se sentir mais confortável a concorrer à reeleição, sem lula na disputa majoritária, porém os índices de rejeição ainda o impedem de considerar a recondução.
Já o ex-presidente vai de paz e amor na jurídica e guerra na física.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, com os futuros NY em alta, em meio a balanços na Europa e correção dos ativos nos EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo na maioria, com o Nikkei em queda, devido à maior alta do Yen em 15 meses.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque do minério de ferro nos portos chineses e o ouro, com o dólar fraco.
O petróleo em queda na abertura, com a forte oferta do óleo de xisto americano.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 6,5%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3011 / 0,47 %
Euro / Dólar : US$ 1,24 / -0,016%
Dólar / Yen : ¥ 107,45 / -0,343%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,144%
Dólar Fut. (1 m) : 3320,96 / 0,43 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,73 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,98 % aa (0,13%)
DI - Janeiro 22: 9,38 % aa (0,75%)
DI - Janeiro 25: 10,07 % aa (1,21%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,78% / 80.899 pontos
Dow Jones: 0,16% / 24.640 pontos
Nasdaq: 0,45% / 7.014 pontos
Nikkei: -0,43% / 21.154 pontos
Hang Seng: 2,27% / 30.516 pontos
ASX 200: -0,25% / 5.841 pontos
ABERTURA
DAX: 0,763% / 12289,51 pontos
CAC 40: 0,700% / 5145,02 pontos
FTSE: 0,638% / 7213,74 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 81015,00 pontos
S&P Fut.: 0,319% / 2670,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,469% / 6591,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,27% / 86,56 ptos
Petróleo WTI: -0,66% / $58,80
Petróleo Brent:-0,49% / $62,41
Ouro: 0,12% / $1.331,08
Minério de Ferro: 1,11% / $76,49
Soja: 1,03% / $18,68
Milho: -0,41% / $365,25
Café: -0,37% / $122,30
Açúcar: 0,22% / $13,51