CENÁRIO ECONÔMICO & MERCADOS
Entre os sinais de liquidez do Fed afetando dólar e os resultados corporativos, os mercados na sessão de ontem buscaram o terreno negativo na maior parte dos índices, desde a bolsa, passando por dólar e juros.
A disputa entre um resultado da Vale (SA:VALE3) que não foi excepcional como o mercado gostaria e a performance da Ambev (SA:ABEV3), a primeira teve maior influência no índice e não ‘ameaçou’ que o Ibov saísse do negativo na sessão.
O dólar seguiu a tendência global de descompressão e a perspectiva de um Fed ainda dovish, também pelos sinais de aprovação do pacote de infraestrutura do presidente americano, ainda que em valor consideravelmente inferior à demanda dos democratas.
Estes ainda buscam aprovar o “pacote social”, porém se for financiado com o aumento exacerbado de impostos, não só acaba o apoio bipartidário, como também de parte dos democratas.
Por fim, os indicadores econômicos nos EUA, ainda que robustos, continuam de certa maneira a corroborar com a premissa de recuperação não completa citada pelo Fed para preservar seus programas de liquidez.
O PIB abaixo das expectativas, apesar do aumento do consumo pessoal e da inflação do PCE, dá apoio à perspectiva de uma política monetária afrouxada, assim como os pedidos semanais de auxílio desemprego acima dos 400.000 semanais.
Estes dados devem ser confirmados hoje na leitura dos desagregados do PIB americano, em especial as medidas mensais de PCE, núcleo, gastos e despesas pessoais.
Localmente, a piora esperada dos números fiscais do governo central deve se confirmar hoje com os dados do setor público consolidado e um resultado de déficit mais forte em termos primários e nominais.
Já o CAGED superando as expectativas do mercado traz o alento de uma redução do desemprego na medida trimestral, a qual pode ser observada hoje na divulgação da PNAD contínua na abertura dos mercados.
No âmbito político local, o caos instalado só não piora dado o recesso parlamentar, que é complementado pela ausência ainda de uma proposta fechada de reforma tributária, a qual passa por constantes mudanças, dado o desagrado com a proposta inicial.
Nada de novo no reino de Cabral.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pelos dados de inflação nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados em queda, com uma perda semana superior a 5%, dados os problemas regulatórios na China.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, mas rumo a forte ganho semanal com o crescimento da demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7,46%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0811 / -0,70 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,084%
Dólar / Yen : ¥ 109,58 / 0,073%
Libra / Dólar : US$ 1,40 / 0,079%
Dólar Fut. (1 m) : 5070,18 / -1,05 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 7,19 % aa (-0,42%)
DI - Janeiro 23: 7,56 % aa (-1,56%)
DI - Janeiro 25: 8,36 % aa (-1,07%)
DI - Janeiro 27: 8,72 % aa (-0,46%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,4833% / 125.675 pontos
Dow Jones: 0,4397% / 35.085 pontos
Nasdaq: 0,1062% / 14.778 pontos
Nikkei: -1,80% / 27.284 pontos
Hang Seng: -1,35% / 25.961 pontos
ASX 200: -0,33% / 7.393 pontos
ABERTURA
DAX: -0,887% / 15501,72 pontos
CAC 40: -0,298% / 6613,99 pontos
FTSE: -1,025% / 7005,86 pontos
Ibov. Fut.: -0,59% / 125849,00 pontos
S&P Fut.: -0,583% / 4386,10 pontos
Nasdaq Fut.: -1,175% / 14875,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,53% / 96,99 ptos
Petróleo WTI: -0,38% / $73,30
Petróleo Brent: -0,17% / $75,96
Ouro: 0,02% / $1.827,81
Minério de Ferro: -0,18% / $213,52
Soja: -0,05% / $1.433,50
Milho: -0,45% / $554,25
Café: -4,30% / $189,15
Açúcar: -0,38% / $18,25