Uma semana com foco na inflação oficial intermediária, fiscal e setor externo no Brasil e no exterior, PMIs, ISMs e dados de atividade econômica completam a agenda macroeconômica.
Novembro tem sido marcado por uma série de expectativas desencontradas em nível global – o usual no Brasil, infelizmente – num contexto em que a inflação tem desafiado o posicionamento de política monetária e estímulos em diversos países, assim como dados macroeconômicos acima das projeções médias dos analistas.
O ritmo de recuperação do ainda presente choque de oferta não está sendo o suficiente para criar perigosos novos pisos de uma extensa série de preços, corroendo assim de maneira quase permanente a renda da população em geral.
Tal fenômeno não tem aderência somente aqui no Brasil, onde, infelizmente, estamos acostumados que a inflação crie ‘novos normais’ de preços mínimos e em raras ocasiões, vemos o retorno em níveis observáveis no passado.
O problema é a ocorrência em países sem ‘tradição’ em sentir o peso da inflação e que não tem dado sinais de que combaterão tais altas com a correta política monetária, na esperança de que as pressões de preços sejam, apesar da realidade imposta ao contrário, temporárias.
Como já citamos aqui, vemos elementos de descompressão de preços se alinhando para daqui até 2022, porém, a perda do poder de compra aparenta não se dissipar como usualmente aconteceria em economias centrais e como, por exemplo, ocorreu recentemente com o caso da madeira para construção nos EUA.
Debelar parte das pressões não depende neste momento tão somente de políticas monetárias, ainda que necessárias, mas dependem também de ações conjuntas contra eventos atípicos, como a especulação da OPEP+ com os preços globais do petróleo, a guerra comercial entre China e Austrália e o problema do gás russo na Europa.
A ata do FOMC deve dar, por parte da política monetária, mais alguns insights sobre a decisão do Tapering e também, aguarda-se uma decisão de Biden sobre a recondução de Powell ou a substituição por Lael Brainard.
O que já é dove, pode piorar.
O feriado de ação de graças faz a semana mais truncada no exterior e por aqui, o governo deve tentar avançar a PEC dos precatórios no Senado.
Missão difícil.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, apesar dos avanços da COVID-19 na Europa e semana mais curta nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na sua maioria, após a China manter sua taxa de juros inalterada.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, queda no cobre e minério de ferro em alta.
O petróleo abre leve alta em Londres e Nova York, aguardando a divulgação das reservas nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,06%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,6102 / 0,79 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,062%
Dólar / Iene : ¥ 114,13 / 0,105%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,089%
Dólar Fut. (1 m) : 5615,66 / 0,58 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 11,24 % aa (0,40%)
DI - Janeiro 23: 12,05 % aa (-0,95%)
DI - Janeiro 25: 11,93 % aa (-1,32%)
DI - Janeiro 27: 11,84 % aa (-1,00%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 0,5946% / 103.035 pontos
Dow Jones: -0,7498% / 35.602 pontos
Nasdaq: 0,3985% / 16.057 pontos
Nikkei: 0,09% / 29.774 pontos
Hang Seng: -0,39% / 24.951 pontos
ASX 200: -0,59% / 7.353 pontos
ABERTURA
DAX: 0,023% / 16163,67 pontos
CAC 40: 0,155% / 7123,34 pontos
FTSE 100: 0,391% / 7251,82 pontos
Ibovespa Futuros.: 0,56% / 103558,00 pontos
S&P 500 Futuros.: 0,37% / 4712 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: 0,425% / 16641,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,21% / 102,10 ptos
Petróleo WTI: 0,47% / $76,22
Petróleo Brent: 0,41% / $79,08
Ouro: 0,04% / $1.843,19
Minério de ferro: 1,04% / $92,78
Soja: 0,20% / $1.263,50
Milho: 0,53% / $573,00
Café: -1,09% / $230,75
Açúcar: -0,15% / $19,82