Mais um dia de falta de rumo dos mercados locais, agora seguindo a tendência de igual intensidade no exterior, a maioria dividida entre uma correção dos ativos a lá Sell in May e a leitura da ata da última reunião do FOMC.
O mercado que mais reagiu a tudo acabou sendo o de juros futuros, com a indicação de um possível movimento do Banco Central para corrigir o rumo da política utilizada até o passado recente, causadora de volatilidade cambial e inflação, utilizando o expediente de normalização não parcial.
Isso na verdade vem de sinais desencontrados emitidos pela imprensa sobre a reunião trimestral com economistas promovida pelo Banco Central, ainda que somente os economistas se manifestem, observando os cenários citados.
Não obstante, os desafios de política monetária não se dividem somente na questão inflacionária, mas também cambial e mesmo sem atuar tão diretamente no dólar, os efeitos do aperto monetário são nítidos na retirada de pressão negativa sobre o valor do Real.
Neste contexto, repetimos que se não fosse a melhora da relação de nossa moeda com o dólar e dada a pressão de commodities, observaríamos uma inflação consistentemente maior nos últimos 3 meses, ou seja, se está ruim, havia o potencial de ser ainda pior.
Nos EUA, a ata da última reunião do FOMC não deve trazer grandes novidades em relação ao comunicado, em especial pela ausência de informações mais precisas sobre o que pode ser o novo plano de estímulo econômico do governo.
Já é dado como certo que o plano anterior não tem nenhuma chance de prosperar, dado o custo elevado em termos de impostos e o rumo dado aos recursos, em especial, aqueles conectados ao desemprego.
Para os republicanos, a melhor saída é facilitar cada vez mais a contratação e incentivar o setor produtivo a fazê-lo, consentindo com a parte do plano que conta com investimentos em escolas e creches (day-care).
É este plano que definirá o quão frouxa a política do Fed continuará.
Divulgam resultados hoje Cisco (NASDAQ:CSCO) (SA:CSCO34), Target (NYSE:TGT) (SA:TGTB34), Experian (LON:EXPN) e Telecom Itália.
Na agenda macroeconômica IGP-M Semanal; CPI na Zona do Euro; PPI e CPI no Reino Unido; Produção Industrial no Japão e; nos EUA, ata do FOMC.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com as empresas de tecnologia sofrendo os maiores impactos.
Em Ásia-Pacífico, mercados fecham sem rumo, com queda expressiva na bolsa australiana.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda, destaque ao minério de ferro e cobre.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com temores do aumento da oferta iraniana.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7,40%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2613 / -0,26 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / -0,098%
Dólar / Iene : ¥ 109,22 / 0,266%
Libra / Dólar : US$ 1,42 / -0,247%
Dólar Futuro (1 m) : 5260,15 / -0,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,00 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 23: 6,80 % aa (1,04%)
DI - Janeiro 25: 8,29 % aa (1,22%)
DI - Janeiro 27: 8,86 % aa (1,03%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0342% / 122.980 pontos
Dow Jones: -0,7782% / 34.061 pontos
Nasdaq: -0,5636% / 13.304 pontos
Nikkei: -1,28% / 28.044 pontos
Hang Seng: 1,42% / 28.594 pontos
ASX 200: -1,90% / 6.932 pontos
ABERTURA
DAX: -1,310% / 15184,98 pontos
CAC 40: -1,094% / 6284,14 pontos
FTSE 100: -1,057% / 6959,91 pontos
Ibovespa Futuros: -0,11% / 123082,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,303% / 4110,60 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -1,342% / 13054,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,12% / 92,11 ptos
Petróleo WTI: -2,06% / $64,27
Petróleo Brent: -1,86% / $67,41
Ouro: -0,56% / $1.856,70
Minério de ferro: -1,97% / $213,23
Soja: -0,57% / $1.562,25
Milho: 0,00% / $656,25
Café: -0,72% / $151,85
Açúcar: -1,28% / $17,02