O dia tem foco nas inflações ao varejo no Brasil (IPCA) e nos EUA (IPC), ambos com expectativa de pressões semelhantes e por motivos em partes semelhantes, com o choque da cadeia produtiva já atingindo bens e serviços no varejo.
Localmente, ainda que algumas pressões como habitação e alimentação (em alguns itens) possam mostrar alívio, a pressão de transportes continua intensa, em vista à pressão global de preços de energia, em especial o petróleo e por fim, pela pressão de volatilidade cambial.
Havia a expectativa, em especial por conta da melhora dos índices pluviométricos, de chegada do pico da inflação no mês anterior, porém a pressão de transportes suplantou tal expectativa e a perspectiva de que novos aumentos de combustíveis devem ainda ocorrer geraram tal percepção.
Há obviamente uma pressão de núcleos, como resultado da melhora da atividade econômica, em meio ao processo bem-sucedido de imunização no Brasil e em diversos países no exterior, porém tal pressão tende a ser revertida pela adoção da política monetária contracionista, como já indicado pelo Banco Central.
Nos EUA, o caso é diferente, pois apesar de sofrer uma série de pressões de preços, como demonstrado nos índices ao atacado, entre os maiores históricos para os EUA em termos anuais e mesmo com a inflação ao varejo consistentemente acima das metas informais do FOMC, não haverá aumento de juros.
Membros do Fed relutantemente deram largada ao Tapering para o fim deste mês, porém já indicaram que mesmo no seu fim, que deve ocorrer em meados de 2022, não deverá ocorrer a normalização de juros, o que pode ter início em algum momento de 2023.
Fica a dúvida sobre qual política monetária está no rumo errado, ou mesmo se ambas estão no rumo errado, pois localmente, a busca insana por controlar uma inflação não controlável por elevações de juros cobrará um preço muito elevado à economia brasileira, ao ponto de trazer projeções de recessão para o próximo ano.
Já nos EUA, ignorar a realidade inflacionária em nome de um projeto que possui grandes nuances de política também é temeroso, principalmente com os indicadores econômicos demonstrando a necessidade de normalização.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa com dados de inflação ao varejo nos EUA e balanços corporativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados em queda, puxados por ações da desenvolvedora de jogos chinesa Fantasia.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao cobre.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, apesar da queda dos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,02%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,4853 / -1,03 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,164%
Dólar / Iene : ¥ 113,19 / 0,301%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,199%
Dólar Fut. (1 m) : 5495,84 / -1,43 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 11,24 % aa (1,12%)
DI - Janeiro 23: 12,14 % aa (-0,61%)
DI - Janeiro 25: 11,85 % aa (-2,55%)
DI - Janeiro 27: 11,72 % aa (-2,50%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 0,7196% / 105.535 pontos
Dow Jones: -0,3081% / 36.320 pontos
Nasdaq: -0,5995% / 15.887 pontos
Nikkei: -0,61% / 29.107 pontos
Hang Seng: 0,74% / 24.996 pontos
ASX 200: -0,14% / 7.424 pontos
Abertura
DAX: -0,098% / 16024,82 pontos
CAC 40: -0,310% / 7021,47 pontos
FTSE 100: 0,528% / 7312,44 pontos
Ibovespa Futuros: 0,70% / 106166,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,22% / 4667,75 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,122% / 16163,50 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,26% / 102,21 ptos
Petróleo WTI: -0,64% / $83,76
Petróleo Brent: 0,01% / $84,83
Ouro: -0,38% / $1.825,59
Minério de Ferro: -2,90% / $91,98
Soja: -0,04% / $1.199,00
Milho: 0,45% / $558,25
Café: -0,63% / $204,70
Açúcar: 0,00% / $19,90