A semana se inicia com a reação dos investidores à uma série de dados da economia chinesa, demonstrando fortes resultados na base anual, em partes ainda como resultado da depressão dos indicadores durante a pandemia, mas também pela recuperação do país.
Estatisticamente, a maior parte dos indicadores pode se considerar dentro do projetado, em especial aqueles ligados à produção industrial, todos em um arrefecimento ante aos dados anteriores.
A maior contração, porém, veio das vendas ao varejo na base anual, onde o anterior era 34,2%, com projetado aos 25% e resultado real aos 17,7%.
Uma semana bastante espaçada em termos de indicadores locais, destacando somente a arrecadação de impostos, mas com dados relevantes no exterior, como uma série de inflações ao varejo em diversos países, PMIs de serviços, industriais e composto, setor imobiliário nos EUA, PIB da Zona do Euro e finalmente, a ata da última reunião do FOMC.
A ata do FOMC deve esclarecer a perspectiva do Federal Reserve quanto ao futuro da inflação americana, o processo que tem sido chamado de “reflação” e deve chamar a atenção a perspectiva de inflação ‘passageira’, ainda que os elementos no curto prazo não tenham sinalizado nenhum arrefecimento.
Série Especial: Reflação e Taxas de Juros Americanas, por Julia Braga
Repetimos aqui reiteradamente, que a questão dos choques de oferta e quebra das cadeias de suprimento, existe pouco ou quase nenhuma atitude das autoridades econômicas e monetárias dos países para debelar tal efeito, principalmente com a China operando na ponta contrária.
Tal formação extensa de estoques tem forçado os preços para cima e foram potencializadas pela disputa política/econômica entre China e Austrália, levando aos recordes consecutivos no preço internacional do minério de ferro.
A perspectiva de aprovação de um plano - agora possivelmente bipartidário – de estímulos via infraestrutura dos EUA também é um elemento de pressão de preços de commodities e bens intermediários, mantendo a pressão ‘temporária’ de maneira não tão temporária até o início dos investimentos.
Além disso, os aspectos relacionados ao aumento da demanda estão sendo subestimados pelo Fed, talvez de maneira proposital, do tipo, "deixa eu testar um negócio aqui".
Na agenda macroeconômica, IGP-10 e nos EUA, índice do Fed de NY.
Na agenda corporativa, Rede D'Or São Luiz (SA:RDOR3) encerra a temporada de balanços.
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ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após a pior semana dos mercados desde fevereiro.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, em partes por reação aos indicadores divulgados na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e à prata.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com temores de novos lockdowns na Ásia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 9,14%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2728 / -0,68 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / 0,189%
Dólar / Iene: ¥ 109,10 / -0,220%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / 0,085%
Dólar Futuro (1 m) : 5273,94 / -0,59 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,00 % aa (1,52%)
DI - Janeiro 23: 6,77 % aa (1,20%)
DI - Janeiro 25: 8,27 % aa (0,36%)
DI - Janeiro 27: 8,85 % aa (0,23%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,9734% / 121.881 pontos
Dow Jones: 1,0602% / 34.382 pontos
Nasdaq: 2,3237% / 13.430 pontos
Nikkei: -0,92% / 27.825 pontos
Hang Seng: 0,59% / 28.194 pontos
ASX 200: 0,13% / 7.024 pontos
ABERTURA
DAX: -0,331% / 15365,57 pontos
CAC 40: -0,411% / 6358,93 pontos
FTSE 100: -0,469% / 7010,56 pontos
Ibovespa Futuros: 1,02% / 122119,00 pontos
S&P 500 Futuros: 1,505% / 4168,90 pontos
Nasdaq Futuros: -0,364% / 13340,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,37% / 92,32 ptos
Petróleo WTI: -0,15% / $65,29
Petróleo Brent: -0,03% / $68,64
Ouro: 0,36% / $1.850,03
Minério de ferro: 1,51% / $210,08
Soja: 0,25% / $1.590,50
Milho: 0,12% / $644,50
Café: -0,96% / $144,25
Açúcar: -0,53% / $16,88