A sessão volátil de ontem teve como foco exatamente a dispersão do foco, entre os diversos assuntos que assolam o Brasil e o mundo ‘fazendo preço’ nos ativos, em especial as questões políticas ainda em aberto.
A reforma tributária ainda está entre os assuntos que mantem em alerta os investidores e analistas não somente pelo impacto no mercado financeiro e o desincentivo a vários modais de investimento, mas pelo teor da própria proposta, que ainda que na primeira fase, vai longe das expectativas de melhora do arcabouço tributário brasileiro.
Entre as propostas apresentadas até recentemente, se destacavam pela tecnicidade e qualidade a do Bernard Appy, com a experiência de tudo aquilo que não o foi permitido colocar em prática quando fez parte do ministério da fazenda.
Porém, ainda que tecnicamente excelente, ela incorre no erro de um processo transitório excessivamente longo e incompatível com a realidade brasileira, especialmente pelo número de demandas de curto prazo, algo que seria obviamente solucionado com um ajuste temporal.
A proposta atual tem ares muito mais voltados ao momento pandêmico e à necessidade de arrecadação e não discute o ponto mais relevante ainda que é o tamanho do estado e o custo inerente a tal contexto, a ser discutido na reforma administrativa, a qual se inicia deficiente, ao colocar somente novos servidores nas regras, para se criar uma reforma ‘possível’ e não ‘ideal’.
Em se tratando de Brasil, todas ainda têm um longo caminho a percorrer e muitas alterações devem acontecer até o modelo final a ser aprovado.
No exterior, o presidente dos EUA Joe Biden entendeu que a ‘derrota’ no seu plano de infraestrutura é inevitável, ainda que o plano bipartidário seja de muito mais fácil aprovação pelos dois partidos e tenha mais aderência ao emprego e não à assistência.
Para o núcleo duro democrata, a derrota é ainda mais amarga, pois retira pontos como a forte elevação de impostos, considerada por alguns como um ‘justiçamento social’ e correção das ‘distorções’ criadas por Trump.
Entretanto, o plano a ser divulgado tende a ser forte e manter o ritmo intenso da atividade econômica americana, só que sem o ‘dedo’ do governo.
Atenção hoje à inflação do IGP-M, no qual o dólar tende a ajudar com uma desinflação mais intensa, coleta de impostos e balanço do governo central.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa por dados de confiança e setor imobiliário nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com quedas próximas a 1%.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre e platina.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com picos de COVID-19 ameaçando perspectivas de demanda de combustível.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,76%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,9266 / -0,15 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,117%
Dólar / Iene : ¥ 110,55 / -0,072%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,187%
Dólar Futuro (1 m) : 4932,89 / -0,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,56 % aa (-2,31%)
DI - Janeiro 23: 7,01 % aa (-2,37%)
DI - Janeiro 25: 7,98 % aa (-2,21%)
DI - Janeiro 27: 8,44 % aa (-1,40%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,1364% / 127.429 pontos
Dow Jones: -0,4373% / 34.283 pontos
Nasdaq: 0,9757% / 14.501 pontos
Nikkei: -0,81% / 28.813 pontos
Hang Seng: -0,94% / 28.994 pontos
ASX 200: -0,08% / 7.301 pontos
ABERTURA
DAX: 0,834% / 15683,82 pontos
CAC 40: 0,327% / 6579,49 pontos
FTSE 100: 0,136% / 7082,53 pontos
Ibovespa Futuros: 0,18% / 128096,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,213% / 4280,40 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,126% / 14495,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,19% / 92,89 ptos
Petróleo WTI: -0,43% / $72,60
Petróleo Brent: -0,04% / $74,61
Ouro: -0,39% / $1.771,77
Minério de Ferro: -0,46% / $215,26
Soja: 0,31% / $1.361,25
Milho: -0,11% / $674,75
Café: -0,31% / $161,75
Açúcar: -0,81% / $17,09