A cartomancia dos analistas ontem por sobre a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (FOMC) do Federal Reserve encontrou na ausência de unanimidade o sinal de que a instituição pode alterar em ‘breve’ sua postura quanto aos estímulos e aos juros.
Série Especial: Inflação Americana e Estímulos Monetários e Fiscais
Ainda que seja um sinal claro, de um Banco Central claramente tendente ao viés mais frouxe, ou seja, mais dovish, ele somente explicita o que muitas vezes se observa fora do ambiente das reuniões de decisão de juros.
Alguns membros do Fed já se puseram vocalmente contrariados com a adoção das atuais políticas, enquanto outros se colocaram muito mais alinhados com o chairman Jerome Powell, no sentido de estímulos generosos de liquidez, com uma taxa de juros igualmente estimulativa.
Série Especial – Inflação nos EUA: a Batalha entre Fed e Mercado
Agora, com tal dissonância surgindo no comunicado do Fed, eis que diversas análises se convertem em “há algo de podre no reino da Constitution Avenue”, como se tal evento não fosse novidade.
Isso ocorre, pois a unanimidade sempre é colocada nas conclusões das atas e comunicados e na ausência de sinais mais concretos, os analistas - em especial num momento de correção dos ativos – se agarram em todos os motivos para convergir com o sinal do mercado.
A verdade é que apesar da inflação resiliente no curto prazo, com problemas de choques de oferta e quebra da cadeia de suprimentos, como citado em diversas ocasiões na ata tem cobrado um preço elevado, ainda não se sabe o quão resistente tal inflação pode permanecer.
Neste ponto, existe no caminho toda a sorte de estímulos já oferecidos e aqueles ainda a surgirem por parte do governo americano e adotar uma política não estimulativa neste momento, iria na direção contrária dos anseios do executivo, do tesouro e mesmo, de diversos membros do Fed.
Portanto, acreditamos que as ‘pombas’ voarão daqui até o final de 2022, sem gaviões para incomodá-las.
A boa notícia ao Brasil é a aprovação da MP da Eletrobras (SA:ELET3), portanto, atenção.
Divulgam resultados hoje Tokyo Marine e Sompo (T:8630).
Na agenda macroeconômica local Coleta de Impostos de abril; PPI na Alemanha; conta corrente na Zona do Euro; Produção da Construção no Reino Unido e; nos EUA, indicadores antecedentes.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com temores de tapering e o movimento nas cripto.
Em Ásia-Pacífico, mercados fecham sem rumo, com alta expressiva nas bolsas japonesa e australiana.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda, destaque ao à prata e ao ouro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com a alta nos estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,10%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3105 / 0,94 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / 0,090%
Dólar/Iene : ¥ 108,96 / -0,229%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / 0,007%
Dólar Futuro. (1 m) : 5323,93 / 1,21 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,06 % aa (1,59%)
DI - Janeiro 23: 6,84 % aa (0,51%)
DI - Janeiro 25: 8,34 % aa (0,60%)
DI - Janeiro 27: 8,92 % aa (0,68%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,2795% / 122.636 pontos
Dow Jones: -0,4833% / 33.896 pontos
Nasdaq: -0,0293% / 13.300 pontos
Nikkei: 0,19% / 28.098 pontos
Hang Seng: -0,50% / 28.450 pontos
ASX 200: 1,27% / 7.020 pontos
ABERTURA
DAX: 0,418% / 15176,80 pontos
CAC 40: 0,491% / 6293,27 pontos
FTSE 100: -0,067% / 6945,52 pontos
Ibovespa Futuros: -0,13% / 122919,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,279% / 4111,60 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,514% / 13178,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,46% / 91,02 ptos
Petróleo WTI: -1,77% / $62,44
Petróleo Brent: -1,82% / $65,49
Ouro: -0,14% / $1.867,43
Minério de Ferro: -1,15% / $211,96
Soja: 0,16% / $1.541,50
Milho: 0,19% / $661,00
Café: 0,83% / $152,50
Açúcar: 0,29% / $16,98