Resumindo a sessão de ontem: mercados voláteis tanto aqui quanto no exterior e com foco em meados da sessão à ata da última reunião do FOMC, comitê de política monetária do Federal Reserve.
A ata da última reunião do FOMC trouxe alguns pontos importantes a serem notados, entre eles a assunção de que o aumento do balance sheet está fornecendo o apoio necessário ao crescimento econômico dos EUA, portanto, nada de redução este ano das compras mensais de US$ 120 bi.
Emitem sinais de que a economia está se recuperando de maneira robusta, mas poderá haver mudanças mais substanciais quando tais sinais se mostrarem totalmente sólidos e não somente movimentos de curto prazo, ou seja, isso pode levar um tempo.
Tudo isso contraria a visão menos dovish dos dotplots indicada nas projeções do Fed, divulgadas com o comunicado da última reunião e entre os pontos intrigantes, está a menção de que “condições desordeiras nos mercados de Treasuries são fonte de preocupação”.
Além disso, apesar da ata predominantemente dovish e “cheia de dedos” para sinalizar o fim dos estímulos, houve uma intensa discussão sobre a meta de inflação deste ano e se tais estímulos poderiam criar um impulso inflacionário.
Esperamos que o Fed comece a dar sinais mais concretos de possível alteração de política a partir do segundo semestre, quando os efeitos da vacinação em massa, o verão no hemisfério norte e os movimentos de commodities possam dar o tom mais claro de 2022.
Por enquanto, o tom mais “suave” da ata comparativamente ao comunicado garante a continuidade do aumento do balance sheet e uma política monetária estimulativa, combinada com os programas de estímulo fiscal por parte do tesouro americano.
Localmente, a volatilidade tem na política sua principal fonte, com Lira citando mais do que constantemente que o orçamento foi feito com anuência do ministério da economia e deve ser respeitado da forma que está, mesmo que signifique a quebra das regras das leis orçamentárias e que possa inclusive levar a um processo de impeachment.
Desde tom de brincadeira, até citações mais firmes, a situação orçamentária agora depende dos vetos de Bolsonaro e de como enfrentar as casas legislativas após tais feitos.
Atenção hoje à ata do BCE, pedidos semanais de auxílio desemprego, Powell, Guedes e RCN na agenda.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após mais um recorde das bolsas americanas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após a leitura da ata do FOMC.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com crescimento inesperado dos estoques da gasolina nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,05%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6161 / 0,43 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,008%
Dólar / Yen : ¥ 109,53 / -0,291%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / 0,066%
Dólar Fut. (1 m) : 5642,86 / 0,64 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,80 % aa (2,75%)
DI - Janeiro 23: 6,67 % aa (1,76%)
DI - Janeiro 25: 8,38 % aa (1,82%)
DI - Janeiro 27: 8,99 % aa (1,58%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,1061% / 117.624 pontos
Dow Jones: 0,0479% / 33.446 pontos
Nasdaq: -0,0696% / 13.689 pontos
Nikkei: -0,07% / 29.709 pontos
Hang Seng: 1,16% / 29.008 pontos
ASX 200: 1,02% / 6.999 pontos
ABERTURA
DAX: -0,077% / 15164,65 pontos
CAC 40: 0,414% / 6156,04 pontos
FTSE: 0,253% / 6902,76 pontos
Ibov. Fut.: 0,01% / 117565,00 pontos
S&P Fut.: 0,145% / 4069,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,937% / 13732,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,07% / 83,83 ptos
Petróleo WTI: -0,80% / $59,29
Petróleo Brent: -0,47% / $62,84
Ouro: 0,41% / $1.744,96
Minério de Ferro: -0,51% / ¥ $169,24
Soja: -0,05% / $1.408,00
Milho: 0,22% / $561,75
Café: 0,20% / $127,00
Açúcar: 0,40% / $15,19