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Resumo da semana: Brexit surpreende e derruba mercados

Publicado 24.06.2016, 18:09
© Reuters.  Resumo da semana: Brexit surpreende e derruba mercados
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Investing.com - O evento político-econômico mais importante da semana – e possivelmente do ano – ocorreu na madrugada desta sexta-feira (24/6) quando os resultados do aguardado referendo confirmaram a decisão dos britânicos em deixar a União Europeia. O ‘leave’ ganhou do ‘remain’ por uma diferença de 51,9% a 48,1% dos votos.

O resultado frustrou os mercados que apostavam em uma vitória daqueles que desejavam a permanência do Reino Unido no bloco continental. O posicionamento dos mercados na semana, com a valorização de ativos de risco com ações e commodities, mostrava que os investidores estavam com apetite para mais risco, acreditando as pesquisas de opinião que, novamente no país, erraram.

O primeiro sinal de pânico nos mercados surgiu com a apuração dos votos de Sunderland, área de maioria trabalhista, do primeiro-ministro David Cameron, que fez campanha pela permanência. O distrito votou 61,34% pela saída da União Europeia. Neste momento, a libra esterlina deu o primeiro sinal de fraqueza, caindo 3%.

Com a contagem dos votos e a certeza crescente de que o reino deixaria a União Europeia, a moeda perdeu seus suportes e despencou 11% alcançando US$ 1,3228, o menor valor desde setembro de 1985, quando foi fechado o Acordo de Plaza. Ao longo do pregão, a divisa se recuperou para US$ 1,3676.

Os mercados acionários também não resistiram e afundaram no day after do Brexit. Os principais índices mundiais acumulavam bons ganhos na última semana com as apostas na permanência. O DAX desabou 6,82%, devolvendo os ganhos do rali de cinco pregões em alta, FTSE 100 recuou 3,1%. Nos EUA, Nasdaq afundou 4%, enquanto Dow Jones 30 e S&P 500 perderam 3,5%.

Enquanto o impacto econômico já começa a ser delineado, as consequências políticas são muito incertas. O movimento Brexit que reforça o nacionalismo e parte do discurso anti-imigração reforça o discurso do movimento da extrema direita que vem ganhando espaço no continente nos últimos anos. Opositores dessa ala, como Angela Merkel e François Hollande, unem forças para manter a solidez da União Europeia e afastar uma possível onda de desfiliações, como já proposta por partidos conservadores. De certo, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou sua renúncia ao cargo.

Bovespa. O impacto do Brexit no Brasil foi moderado quando comparado ao estrago realizado em bolsas de países europeus mais frágeis, como Grécia e Espanha, que recuaram 13% e 12%, respectivamente. O Ibovespa caiu 2,8%, sustentando uma alta semanal de 1,1%, após atingir a máxima de mais de um ano na quinta-feira.

Dólar. Após bater nos R$ 3,33 na quinta-feira, menor valor desde julho de 2015, o dólar teve uma subida de 1% hoje. A divisa, negociada a R$ 3,377, acumula perdas de 1,1%, encerrando sua quarta semana consecutiva de baixa.

Oi (SA:OIBR4). No ambiente interno, a principal notícia corporativa da semana foi o pedido de recuperação judicial da Oi após o fechamento do mercado na segunda-feira. A telefônica possui dívidas de R$ 65,4, o maior da história do país, superando os desastres do setor de petróleo, como Sete Brasil e OGX (SA:OGXP3). A empresa agora ganha 120 dias de prazo para desenhar uma negociação para pagar seus credores, que possivelmente incluirá descontos do principal e troca por controle acionário. A ação entrou numa montanha-russa com altíssima volatilidade entre a mínima de R$ 0,68 e a máxima de sexta-feira passada de R$ 1,580.

Petrobras (SA:PETR4). A companhia sofreu nesta sexta-feira caótica nos mercados, mas garantiu uma alta semanal de 3,3%, recuperando os R$ 9. A petroleira anunciou que seu fundo de pensão Petros fechou com rombo de R$ 16,1 bilhões, que deverá ser reposto pelos funcionários. O fundo foi alvo de operação da Polícia Federal, que investiga desvios de recursos.

Estácio (SA:ESTC3). A novela da Estácio continuou nesta semana com novos capítulos. A Kroton (SA:KROT3) apresentou nova proposta, mais vantajosa para os acionistas da concorrente e indicou que esta será a última tentativa de aquisição. A Estácio tentou se aproximar da Unip para negociar uma fusão, mas a abordagem foi rejeitada. A Ser prepara uma contraproposta para unir suas operações com a Estácio. Na semana, Estácio +4,2%, Kroton +9,2% e Ser -4,8%.

Eletrobras (SA:ELET3). A ação da companhia disparou 41% nesta semana com a decisão do governo de ajudar financeiramente. Por medida provisória, a elétrica poderá receber repasse de R$ 3,5 bilhões até 2017. A venda da Celg deverá ocorrer no segundo semestre. O mercado também recebeu bem a indicação do atual presidente da CPFL Energia (SA:CPFE3), Wilson Ferreira Jr, para comandar a empresa.

Usiminas (SA:USIM5). A siderúrgica fechou acordo com o BNDES, que aderiu à renegociação de dívidas já fechada com outros bancos na semana passada.

Gerdau (SA:GGBR4). A companhia encerrou sua produção de aço na Europa com a conclusão da venda de unidade produtiva na Espanha, em negociação de até € 200 milhões, anunciada em abril.

Gol. A aérea acumulou ganhos de 38% nesta semana com a aprovação na Câmara dos Deputados de projeto que libera que estrangeiros detenham até 100% do capital de empresas de aviação no Brasil. A Gol também melhorou os termos para renegociar sua dívida, em movimento que o mercado acredita que será bem-sucedido para atrair os credores.

Política. O governo ganhou força extra para lutar a favor do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff após o PT voltar para o centro das investigações da Polícia Federal com a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo. Ele é suspeito de receber propina pela contratação de empresa para intermediar a concessão de crédito consignado. O deputado federal Eduardo Cunha virou réu em um segundo processo no STF.

Commodities

Ouro. O metal precioso registrou ganhos de 4% nesta sexta-feira com o temor provocado pela vitória do Brexit no Reino Unido. O ouro chegou a tocar na máxima de dois anos aos US$ 1.362,45 por onça. É a quarta semana consecutiva de alta no metal, que se valoriza com o aumento da instabilidade dos mercados.

Petróleo. Como previsto, o petróleo despencou com o Brexit e retornou à casa dos US$ 47 nos EUA e US$ 48 no Brent, em Londres. A commodity ganhou força especulativa na semana com a aposta na permanência do Reino Unido, apesar dos fundamentos apontarem para posições mais cautelosas, com aumento de sondas em atividade e redução menor nos estoques dos EUA.

Soja. A Abiove reduziu para 97,3 milhões de toneladas a safra do grão.

Milho. A previsão para a segunda safra recuou 5,8% com as geadas. O governo cogita aumentar o preço mínimo para estimular o plantio.

Indicadores

Desemprego. O Caged divulgou fechamento de 72.615 vagas formais em maio.

Inflação. IPC-S caiu para 0,33% na terceira quadrissemana de junho. IPCA-15 desacelerou para 0,4%. IPC-Fipe subiu 0,42%.

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